segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Não sei o que gosto de fazer.

Há uns anos atrás caí numa teia muito poderosa, uma teia que existia na minha mente que me dizia que só eu é que não sabia o que gostava de fazer. Falava com pessoas que parecia que sabiam exactamente o que queriam fazer e tinha alguns talentos como: pintar, cozinhar, escrever, etc sentia-me perdida por achar que apenas eu é que não conseguia responder às questões: “ O que gosto de fazer?”

Lembro-me de um dia uma amiga me “tentar” ajudar a dizer: “ Mas não é possível deve existir algo que tu gostas de fazer.” depois de algumas perguntas e questões, cheguei à conclusão do que não gostava de fazer (o que na altura já era muito bom) e acabei a conversa com algumas ideias de coisas que me davam algum prazer: falar com pessoas, ler, comunicar. Como podes perceber algo muito específico J, ainda me lembro da cara desesperada com que ela estava no final da conversa.

A teia começou a diminuir quando eu fiz alguns dos pontos que te deixo em baixo:

1.  Percebi que não era só comigo que isto acontecia. Existiam outras pessoas que tinham as mesmas questões que eu.
2. Aceitei que não era só comigo que isto acontecia.
3.  Tomei a decisão de começar a procurar aquilo que gostava de fazer (acredita que esta foi decisiva para diminuir a teia).
4. Fiz uma lista de todas as coisas que um dia disse que gostava de fazer. Ousei sonhar com coisas que na altura pareciam impossíveis para mim.
5.  Dessa lista (no meu caso pequena J) experimentei uma das coisas.
6. Não funcionou.
7.  Experimentei outra coisa da lista.
8. Comecei a enfrentar o silêncio que me aterrorizava.
9. Chorei várias vezes  e pensei em desistir (esta também é crucial J ajuda-te a cresce). 
10, Procurei ajuda. Eu sei que somos nós que temos todas as respostas, mas existem alturas que o barulho interno é tanto que não conseguimos ouvir a nossa intuição.  

Este fim-de-semana tive a oportunidade de ter uma das experiências mais importantes da minha vida não pelo evento em si, mas pela aprendizagem que retirei desse evento. Dizia e ouvia tantas vezes que cada um de nós tem um poder enorme, que só este fim-de-semana é que percebi a magnitude desta frase. 


Repito algo aqui que já disse várias vezes, acho que nunca a senti tanto não existe ninguém mais especial do que tu, não existem mestres, nem gurus, não existem pessoas mais iluminadas do que tu, garanto-te. Cada um de nós tem um poder enorme, tem um potencial incrível para fazer o que quiser apenas tem que abrir essa janela. Nesse momento vão aparecendo pessoas que nos vão ajudando abrir essa janela, mas apenas nos vão ajudar abrir o que já temos lá dentro.
Se sentires que de alguma forma te posso ajudar a trazeres ao de cima esse potencial através do Coaching, envia email para ligiasantosilva@gmail.com


Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Quando olhas a verdade.

Percebi que na minha vida tenho dois tipos de óculos os óculos do mais ou menos e os óculos da verdade. Os primeiros são aqueles que uso quase sempre, ajudam-me a passar ao lado do que é verdadeiramente importante e ajudam-me a manter-me ocupada. Os óculos da verdade são aqueles que me fazem ver as coisas como elas verdadeiramente são, são aqueles que me ajudam a trazer luz ao meu lado mais sombrio e são também aqueles que me ajudam a crescer, são aqueles que me ajudam a perceber quando estou a ser mimada ou egoísta e me ajudam a ver quando estou a ser bondosa. Os óculos da verdade ajudam-me a perceber o quanto tenho relações condicionadas na minha vida, são aquelas relações em que gostas de controlar as pessoas que estão ao teu lado, são aquelas relações em que tens expectativas de como deverá ser o comportamento dessas pessoas, são aquelas relações em que se sentes que a pessoa está  a crescer mais do que tu ou se está mais feliz do que tu, amuas, ficas doente ou agressivo. Mas encontras sempre uma forma de trazer a pessoa para o teu lado, até um dia em que a pessoa se cansa e…



Lembro-me de ouvir a história de uma maçã, uma maçã vermelha muito linda e brilhante e em que um dia é colocada dentro de um quarto escuro, com os dias e anos a passarem sempre no quarto escuro o que acontece é que a maçã fica cada vez mais podre e com bolor, passados alguns anos vais abrir a porta do quarto e vês lá a maçã podre e castanha, mas lembra-te que a maçã podre e castanha foi uma mação linda e vermelha, apenas esteve muito tempo fechada e por isso agora primeiro vês o podre.  


Quando coloquei pela primeira vez os óculos da verdade senti que estava a olhar para algo feio e já sem vida, mas apenas porque me deixei muito tempo na escuridão.

Sê Inspiração.
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Quando uma pessoa nos desilude.

Por vezes carregamos uma mochila que não é nossa, apenas porque escolhemos carregar as expectativas de como deverá ser o comportamento da outra pessoa, de como ela deveria ou não alterar o seu comportamento, carregamos a mochila da mudança desse pessoa acreditando que sabemos qual é o melhor caminho para essa pessoa. Quando transportamos a mochila da outra pessoa, carregada de expectativas, começamos a ficar desiludidos e por vezes magoados, afinal essa pessoa não se comportou como nós achamos que ela deveria se comportar e no final referimos que essa pessoa nos desiludiu. Quando se olharmos verdadeiramente para essa pessoa percebemos que ela  apenas não cumpriu as expectativas que nós tínhamos para ela, não teve o comportamento que nós desejamos que ela tivesse, afinal essa pessoa apenas foi ela própria.
 
Podemos pegar na nossa mágoa e desilusão e enviar para essa pessoa sabe bem no início, mas não altera nada, porque a verdadeira questão é que continuamos a criar expectativas de como tudo deverá ser e de como as pessoas devem agir escolhendo não aceitar a essência de cada pessoa, de cada evento, escolhendo não aceitar a nossa própria essência.
 
 Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Quando ligas os pontos!

Lembro-me que estava a frequentar o 9º ano quando me perguntaram se já sabia qual era área que eu ia seguir, respondi: “ Não sei.” Perante o não sei o passo a seguir foram aos testes psicotécnicos. Lembro-me o quanto estava aterrorizada nesta fase afinal com 16 anos tinha que escolher aquilo que eu queria ser na minha, não existia pressão nenhuma J
Depois de várias questões em que coloquei números na minha criatividade e em que a minha adoração por inglês poderia ser facilmente confundida com uma profissão, lá me foi atribuída uma área, e do “não sei” original passou a existir a “certeza” do que seria até ao resto da vida.
“ Área de psicologia ou comunicação.”
“Psicologia???” a sério???
A senhora com um ar determinado disse sim.
O não perceber o porquê destas áreas, o não saber o que elas representariam num futuro e principalmente a sua complexidade, deixaram-me com medo e resolvi escolher o mais fácil, ir para aquilo que as minhas amigas na altura estavam a seguir…. Gestão ai vou eu J
 
Ontem perguntaram-me o que fazia e porque é que o fazia?
Fiquei a olhar para ela a tentar responder porque é que fazia isto… não sei responder. O que sei é que o Coaching teve um grande impacto em mim porque ajudou-me a seguir o meu caminho original (se é que isto existe), o Coaching ajudou-me acreditar que é possível concretizares sonhos, o coaching ajudou-me a trazer ao de cima o meu verdadeiro potencial.
Hoje faço isso em mim e nas pessoas que me procuram ajudo pessoas a sentirem uma maior vontade de viver, ajudo pessoas a descobrirem a sua motivação interna, ajudo pessoas a descobrirem o seu chamamento, ajudo pessoas a voltarem acreditar nelas próprias. Não são fórmulas mágicas nem milagres é um processo. Um processo que permite a cada pessoa aprender novas perspectivas de estar na vida e de valorizar a vida.
Para mim o coaching é uma das ferramentas mais rápidas de ajudar cada pessoa a obter clareza e de obter paz.
Se quiseres saber mais sobre como funcionam as sessões de Coaching envia email para ligiasantosilva@gmail.com
 
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Torna-te a mensagem!

Esta sensação começou alguns anos atrás quando pela primeira vez vi uma entrevista da Oprah Winfrey, em que achei curioso o seu discurso pois ela falava de uma forma tão leve e em paz, num momento da entrevista disse algo que até hoje eu recordo:  Todos os dias quando acordo digo para mim mesma eu sou apenas um canal, eu sou apenas um canal de amor e de ajuda, senhor guiai-me e ajudai-me a transmitir a minha mensagem, usai-me para o que achares mais importante.” Achei o discurso dela de uma humildade imensa. Independentemente do que se acredita, deus, universo, buda ou nada (sendo que isto não é possível J), ela estava  a pedir para ser usada como um canal para transmitir uma mensagem, a forma como ela disse aquelas palavras foram de um amor e simultaneamente de um desapego imenso. Nesse momento olhei para mim e pensei: “ E tu estás disposta a ter essa humildade?”

A primeira resposta foi NÃO. Ao escolher passar apenas uma mensagem, ao escolher apenas guiar-me pela minha intuição, estaria abdicar de uma parte de mim, do meu EGO, estaria abdicar do meu precioso controlo, estaria abdicar de ter a importância que eu achava que tinha e a minha arrogância não queria permitir isso. No final da entrevista já estava a pensar completamente o oposto, já estava achar que tinha sido demasiado cliché.. “ah e tal agora sou um canal de Deus… sim, sim, fica sempre bem dizer isso perante milhões de pessoas.”  Contudo no final não foi apenas o julgamento que ficou, ficou uma semente.

 E essa semente foi germinando e ao longo do tempo em pequenos rasgos de iluminação essa semente foi ganhando força no meu coração, a exaustão física provocada pelo controlo deram mais força a essa semente, as ferias abertas e algumas desilusões provocadas pelo sr. meu ego deram também mais força a essa semente.


Ontem numa sessão tive a oportunidade de ouvir da boca de uma pessoa: “ já chega de me dizerem o que devo ou não fazer, já chega de me dizerem o que devo ou não ser, só eu sei, já chega.”
O que pensei que era difícil de se fazer não é assim tão difícil e não é assim tão iluminado é leve, é simples. É permitir que venha ao de cima o coração é permitir que venha ao de cima o amor. Tudo se torna mais simples quando te tornas nesse canal, focado na mensagem que queres transmitir, porque deixas de andar à procura de respostas, deixas de depender do que os outros dizem ou fazem.  Anthony Robbins diz: “ Tudo muda quando tomas uma decisão.”

Toda a verdade adoraria poder dizer-te que assumi por completo esta essência na minha vida, não é verdade, continuo a sentir a necessidade de controlar as coisas, continuo por vezes com expectativas exacerbadas e continuo por vezes a deixar-me magoar. Contudo escolho agarrar-me aos momentos em todo o controlo se transforma em leveza, em que o ego se transforma em amor e em que o medo de perder se transforma em desapego.

Por isso… se eu consigo tu também consegues J

Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Aprender a ser humano.

Há uns meses atrás tive a oportunidade de conhecer mais um bocadinho da História de Gandhi, conhecia de uma forma superficial, apenas sabia que tinha sido um influenciador positivo na vida do estado indiano e claramente um “buscador da verdade” (expressão que um dia ouvi e simplesmente adorei J).
Com esta superficialidade aceitei ir mais fundo para conhecer uma parte da sua história, se calhar a sua parte mais humana enquanto ser social, enquanto marido e enquanto pai.
No início do seu movimento, ele era ainda advogado e já vivia na índia, enquanto está a dar uma entrevista, refere que todas as funções na Índia são sagradas. Por mais pequena que seja todas as funções devem ser feitas com amor, até a função de limpar as latrinas. No final da entrevista dirigiu-se à sua casa e refere à mulher que é a vez desta ir limpar as latrinas. Ela fica extremamente ofendida com ele, primeiro porque não quer ter essa função, segundo porque esse é um trabalho menor, Gandhi responde: “ Temos que ser nós a dar o exemplo.” Após uma grande resistência por parte da sua mulher ela toma a decisão de não o fazer e diz-lhe que não. Nesse momento ele altera-se emocionalmente e aos gritos pede-lhe para ela sair de casa, para sair da sua vida. A chorar a mulher a mulher olha para ele e diz-lhe:  
“ Tu vês o que estás a fazer, eu sou a tua mulher, vês o que estás a fazer.”
Nesse momento ele começa a chorar, pede-lhe perdão e diz-lhe: “ O que me está acontecer?”
A mulher responde-lhe: “ Estás apenas a ser humano.”
 
Para além de todas as conquistas que Gandhi conseguiu que foram históricas para a India, para mim uma das maiores conquistas que senti que aconteceram foi ter aceite a sua humanidade, foi em humildade ter escolhido fazer o melhor que podia, acreditando sempre num ideal e vibrando sempre em amor.
Sempre que me exijo outro comportamento ou outro tipo de sucesso ou crescimento, lembro-me desta história. “Estás apenas a ser humano.”
Sê Inspiração,
Ligia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O sentimento de missao.

“Estás alinhado com o teu propósito quando tens a certeza de que tudo pode falhar, mas mesmo assim avanças.”
O mês de Setembro é o mês dos recomeços é o mês de voltar às rotinas é o mês de voltar a receber formação, novos conceitos e novas formas de estar na vida. No sábado enquanto se falava de propósito, vi nos olhos de uma pessoa o que é o verdadeiro sentimento de propósito ou de missão, enquanto me dizia: “ existe um momento em que já não dá para negares porque é muito maior do que tu.” Enquanto me dizia isso os seus olhos enchiam-se de lágrimas, acredito eu por sentir o quanto estava próxima desse alinhamento.
 
O sentimento de propósito ou de missão é o sentimento que todos nós temos, está presente ao longo da nossa vida e ao longo da vida encontras diferentes veículos que te permitem preencher esse propósito. No outro dia recebi uma news em que falavam de empregos de sonho, em que referia que quando estás no teu emprego de sonho tens um sentimento constante de bem estar e de fluidez, partilhavam que quando é o teu propósito tu sentes é algo para o qual tu sentes que é o teu caminho, etc.
E quando não é assim? E quando aquilo que te trás realização é aquilo que mais te amedronta é aquilo do qual tens mais medo, é aquilo que mais te custa fazer é o passo que mais te custa dar.
 
Sê Inspiração,
Ligia Silva.
Coach, marketer e Talent Finder.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Sim tenho Medo.

Sim tenho medo.
“ Por vezes canso-me de fingir para mim própria que não tenho medo, canso-me que as pessoas esperem diariamente que eu seja forte e que diga sempre as palavras certas cheias de entusiasmo. Às vezes pergunto como seria se gritasse para a minha família, para a minha equipa, para o meu marido: “ Estou cheia de medo, não sei o que fazer a seguir, não sei como vai ser para a semana. Sim eu também tenho medo.””
Tem 38 anos, está grávida pela primeira vez, é casada, é gestora comercial, gere uma equipa de 10 pessoas e ontem estas foram as palavras que saíram da sua boca, após ter percebido que durante 35 anos não fez mais nada a não ser, ser forte, lutadora e uma mulher rochedo (como lhe chama a família).
Estamos cheios de clichés e de regras de como deveremos ser ou fazer, criamos muralhas fortes e espessas que apenas deixam transparecer o optimismo constante e as frases certas e certeiras, tens que ter respostas firmes e seguras, mas por vezes a palavra que mais sentes é: “não sei”.
 

 
A questão é que eu acho que quando estiver a fazer uma coisa que goste mesmo não vou ter medo.”
Tem 31 anos, é casada, é professora e está alterar toda a sua carreira profissional em busca daquilo que verdadeiramente a preenche e ontem isto foi o que sentiu.
A minha verdade e apenas a minha verdade é que se criou um glamour maravilhoso por de trás de fazermos aquilo que gostamos, tornando-se isso quase como algo perfeito em que tudo flui e em que o medo não está presente. A minha verdade e apenas a minha verdade é que isso não é verdade, vais sempre ter medo de fazer algo diferente, de fazer algo que numa primeira fase não é aceite pela tua família ou pela comunidade, sociedade onde vives, vais ter medo quando vais questionar se tens ou não dinheiro para viver, vais ter medo quando vais questionar se estás ou não no caminho certo. A questão é se aquilo que ganhas é superior ao medo que tens, se o propósito que sentes dentro de ti é suficientemente grande para continuares avançar mesmo sentido todo o medo, é?
Então o que fazes?
Aceitas a tua vulnerabilidade, aceitas que nem sempre sabes as respostas todas aceitas que não controlas nada, aceitas que em determinados momentos tens medo, aceitas que em determinados momentos tens vontade de chorar. Aceitas que debaixo de tanta muralha está um coração a bater que aquilo que apenas deseja é liberdade e sentir, aceitas que a melhor forma de atingires esse caminho é dares uma passo.
Independentemente do que possam achar ou dizer, continuas, pegas no lenço, limpas as lágrimas, sentes amor por ti, por aquilo que és e por aquilo que fostes e continuas. Sentes dentro de ti que um dia esse vai ser apenas mais um ponto para juntar ao puzzle, sabes que tudo vai fazer sentido, pode ainda não ser hoje, mas sabes que tudo vai fazer sentido, avanças para mais um momento.  
 
Sê Inspiração.
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O medo de perder.

Por vezes o medo de perder algo toma conta de nós, o medo de perdermos algo que temos por certo. Na maior parte das vezes esse “algo” é apenas uma ilusão, temos uma certeza ilusória de que o temos connosco, seja esse algo uma pessoa, uma casa, um carro, um amigo, um emprego ou um ordenado. Por vezes escolhemos viver agarrados ao medo de perder essa certeza ilusória a ganhar algo muito superior. O nosso medo de perdermos essa certeza ou essa controlo é muito superior aquilo que temos a ganhar se dermos o nosso salto de fé.
Esse medo apenas te vai acorrentar e ajudar a sobreviver, esse medo vai apenas ajudar-te a aumentares a tua ansiedade e a tua necessidade de queres controlar tudo e todos. Podes escolher fazer de conta que ele não está lá, e desta forma ele vai apenas ganhar mais força, podes também escolher ignorá-lo e as correntes ainda te apertam mais ou então podes dizer-lhe olá, dizer-lhe que sabes que ele está aí e que sabes que tem uma função, que no fundo apenas te quer proteger, mas que está na hora de libertares as amarras e de dares mais um salto de fé.
 
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Como terminar um relacionamento.

Quando chego a casa lá está ele à minha espera fica imensamente feliz quando me vê, nunca imaginei que poderia ser assim, sinto-o sempre a olhar para mim em cada movimento que eu faço, em cada gesto. Quando está ao meu lado sinto uma enorme protecção, sinto que o amo de forma incondicional, nunca imaginei o poder amar dessa forma, ao lado dele sou eu e torno-me uma menina e por vezes dou uma de mãe. Estou no sofá e quer estar ao meu lado, vou para a cama e vem atrás de mim, quer estar ao meu lado, não deixo e quando estou mais carente até deixo. Quando estou com ele na rua fico feliz por ele fazer as pessoas felizes, principalmente as crianças. Quando estou triste vem ter comigo e olha para mim com os seus olhos grandes e castanhos, respira fundo e pede festas. Este é o meu cão. Qualquer semelhança com uma relação é pura ficção J
 
Por vezes entramos numa relação cheios de expectativas de como a pessoa à nossa frente deve ser e se deve comportar, entramos numa relação cheios de expectativas de quantas vezes por semana devo estar com essa pessoa, dos jantares que devemos fazer e até da apresentação social que devemos fazer (este é o meu namorado). Entramos com uma lista de supermercado e caso essa pessoa não cumpra essa lista de supermercado acreditamos desde logo que não é a pessoa certa para nós. Ou porque não nos diz amo-te quando nós lhe dizemos ou porque não quer ir connosco aos mesmos sítios que nós queremos ir, ou porque não gosta de ver as comédias românticas que nós queremos ver, ou porque não nos liga o número de vezes que nós achamos que ele nos deve ligar. O pior é quando nós não esperamos que do outro lado também existe a lista de supermercado, o pior é quando não imaginamos que na outra lista de supermercado está: não acredito na palavra amo-te tornou-se banal, por isso não digo, não acredito em estar sempre com a pessoa valorizo o meu espaço, não acredito que devemos fazer tudo juntos, não acredito que devemos ver os mesmo filmes juntos, não acredito em colocar autocolantes como: és minha namorada ou sou teu namorado. Acredito simplesmente em viver o momento e em desfrutar, depois logo se vê.
Mas o pior, o pior mesmo é quando estas duas listas de supermercado nunca chegam a falar verdadeiramente, nunca chegam a dizer o que são e então as listas vivem sem saber a existência uma da outra e no momento em que o check de uma lista não acontece as listas separaram-se, apenas por uma coisa, cada uma das listas acreditou que apenas existia ela própria e que quando entrou no relacionamento tudo deveria fazer check nos seus itens!
 
Sê inspiração,
Ligia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Quando sair de um relacionamento.

“ Uma parte de mim quer estar com ela outra parte de mim não quer. Sinto que quando estou com ela tenho que me anular não dizer aquilo que penso ou sou, porque sei que ela não pensa da mesma forma, mas depois também temos momentos muito felizes em que parece que tudo aquilo que disse anteriormente já não faz sentido.”
O que fazer num relacionamento quando não conseguimos ser nós próprios ao lado da pessoa com quem estamos?
Há uns tempos li uma frase (já não sei de quem) que dizia como podes exigir aos outros para serem de determinadas formas se nem tu sabes quem és. Acredito nesta frase, como posso colocar contínuas expectativas de como gostaria que os outros funcionassem se eu própria não me conheço de uma forma profunda e a cada dia que passa conheço mais uma peça de mim, quando diariamente vou descobrindo novas verdades sobre mim e sobre o meu comportamento.  
Quando por alguma razão não consigo ser eu próprio ao lado uma determinada pessoa, apenas estou a dizer que o meu medo da rejeição ou o meu medo de me expor não me deixam dizer aquilo que eu penso ou sou com medo que a outra pessoa não me aceite, com medo que a outra pessoa diga: não gosto de ti assim. No fundo apenas estou a pensar em mim e no meu medo de não ser amado.
Na verdade, acredito eu, é com as pessoas que mais amamos que mais dificuldade temos em abrirmos o coração e em falarmos a nossa verdade é com as pessoas que mais amamos que temos por vezes tanta dificuldade em dizer amo-te de forma incondicional. É por vezes com essas pessoas que temos a dificuldade de dizer: “faz o que achares melhor, mesmo que isso seja longe de mim”, quantos de nós tem maior facilidade em dar um abraço ou a sorrir a uma pessoa que acabou de conhecer e com as pessoas que estão mais próximas essa capacidade parece que fica mais “presa”.
Acredito que ao conseguirmos romper com o nosso medo de nos expormos perante as pessoas que mais amamos e em verdade dizermos o que verdadeiramente acreditamos, sentimos ou pensamos, estamos a romper com a nossa falta de valorização e de confiança e a dar uma passo de gigante para comunicarmos ao mundo quem somos e o que queremos.
 
E se depois de eu fazer isso a outra pessoa não gosta?
Já repeti várias no blog algo que me ajuda a perceber quando devo largar as coisas: “ Já fiz tudo o que estava ao meu alcance para isto funcionar?” se a resposta for sim… este é o momento de iniciar um novo ciclo.
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.
Ligiasantosilva@gmail.com

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O poder do julgamento.

Ontem comecei uma nova actividade física (que ainda não vou dizer qual é por uma questão de proteger a minha credibilidade lol J), mas continuando essa aula tem apenas 5 pessoas e posso dizer que eu sou aquela que ainda está a dar os primeiros passos, a meio da aula (provavelmente o professor devia estar a ver as minhas dificuldades ), o Sr. Professor pergunta:
“ Sei que é uma pergunta parva, porque foi o mês de Agosto e estiveste de férias, mas durante o mês de agosto fizeste algum desporto para além de estenderes a toalha na areia?”
Respondo eu:
“ Sim, eu corro quase todos os dias.”
“ A sério?” – diz com um ar extremamente espantado.
“Sim”.
“Mas fazes quantos quilómetros? 3km?”
“Não faço entre 5 a 6 km!”
“ A sério?”
(ora eu percebo a questão dele, tenho apenas 1,60 (às vezes menos) e tenho umas formas lá para o ondulado e eu própria há uns anos se me dissessem que ia começar a correr eu dizia que a pessoa era maluca, mas verdadeiramente não é assim tão difícil é uma questão de hábito, mas continuando).
“ E qual foi a distância, mais longa que já percorreste? 10 km?”
“ o mais longo que fiz foram 48 km.”
“ Em estrada????”
“ Não em montanha, já fiz trail.”
 
(acho que não saiu um “porra” da boca dele porque não podia, mas deve ter pensado, quero salientar que esta conversa foi feita enquanto eu estava quase sem conseguir respirar e que nem conseguia pensar).
Ora eu percebo a questão dele, porque verdadeiramente há uns 3 anos isto também me parecia uma coisa impossível de fazer e toda a verdade o nosso julgamento em relação à condição física das outras pessoas é uma questão que fazemos diariamente, aliás eu própria nessa aula fiz da pessoa que estava ao meu lado na aula.
Ontem este professor ajudou-me a relembrar algumas das conquistas que fiz que nunca imaginei que poderia fazer e devo isso a mim e a algumas pessoas que me ajudaram neste caminho, um deles chama – se Pedro Lizardo. Este senhor ajudou-me a completar a minha primeira meia maratona, motivando-me pelo caminho e indo sempre ao meu lado não me deixando desistir, o mesmo aconteceu na minha subida à torre da Serra da Estrela. Vejo na corrida uma das melhores metáforas para a vida e para a forma como te comportas na tua vida, encontrei na corrida uma forma de me ajudar a ultrapassar várias crenças limitadoras que eu tinha em relação a mim.
 
Esta semana o Pedro cumpriu um grande objectivo que tinha fazer o Ultra Trail do Mont Blanc emocionei-me a ver este vídeo que ele (um outro dos seus grandes talentos) fez.
 
Parabéns Pedro por provares que tudo é possível com muita paixão, amor, coragem e acima de tudo muita resiliência, obrigada por me teres ajudado nos primeiros passos que dei na corrida.
Um beijo enorme.
A melhor forma de aumentarmos o nosso nível de confiança e a nossa zona de conforto é fazendo, por isso encontra alguma actividade que te ajude nisso, pode ser a corrida, a dança, a caminhada ou que quiseres, mas faz algo que te traga novidade e estimulo, para sentires que estás a crescer.
Sê Inspiração.
Lígia Silva
Coach, Marketer e Talent Finder.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Um coração com remendos!

A forma mais rápida que temos para destruir a nossa alma ou o nosso espirito é acreditarmos que estamos aqui apenas para cumprir tarefas e para trabalharmos, essa é a forma mais rápida de asfixiarmos a nossa alma. Acreditar que existe algo superior, acreditar que tudo está ligado, acreditar que existe muito mais para além daquilo que é tangível é o que nos trás diariamente propósito é o que nos trás diariamente vida. Quando passas o dia apenas a fazer check a uma lista de tarefas intermináveis, apenas sobrevives.  
Colocamos arame à volta do coração para o ter bem fechado para assim reduzir o risco de sermos novamente magoados por palavras, gestos ou mesmo eventos é uma forma de minimizar os riscos e de “tentarmos” controlar uma nova queda. Toda a verdade é que o controlo que estás a trazer para a tua vida apenas te está a afastar de quem tu és verdadeiramente, apenas te está afastar da tua essência, da tua verdade mais profunda.
 
Quando começamos a cortar o arame à volta do coração, começamos a sentir leveza, começamos a sentir o respirar pelo coração. Uma das formas mais rápidas de cortarmos o arame é trazermos ao de cima o nosso sentimento de gratidão e de apreciação por nós e pelas pessoas que temos à nossa volta.
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Socorro estou em Burnout!

“Só falta fazer mais isto”, “ Quando terminar isto, então aí descanso”, “ Já não aguento mais, mas tenho que continuar”.
Durante as férias tive a oportunidade de ler um artigo em que falava de um termo ao qual apenas associava aos meios informáticos, segundo a comunidade de psicologia é uma das “patologias” mais frequentes do século XXI, estamos a falar do conceito de “burnout”. Este conceito não está ligado à parte emocional ou espiritual, mas sim à parte profissional de cada pessoa (é interessante a comunidade dividir as partes de cada um de nós, se calhar reside ai parte do problema, mas esta é apenas a minha opinião). O conceito de Burnout, significa combustão e foi introduzido em 1974, no E.U.A., por Herbert Freudenberger, significa o estado de exaustão, fadiga ou frustração provenientes de um uso desgastante de energia e recursos internos.
 
Num outro artigo a directora de uma revista referia o quanto as mulheres são de multitarefas, o quanto estão constantemente a fazer várias coisas e mais uma vez lá estava o maravilhoso autocolante, são super mulheres.
Antes de ir de férias estava dentro desta teia, a teia de fazer várias coisas ao mesmo tempo e valorizar as pessoas pela quantidade de tarefas que desempenham e pela sua velocidade, estava na teia do alcançar vários objectivos e ter a constante sensação de poder fazer mais, de poder ser mais produtiva, mais prática, mais tudo. Estava dentro da teia de responder mais rapidamente a emails, aos contactos, de chegar a mais pessoas e ajudar mais pessoas. Toda a verdade a primeira semana de férias foi uma luta sempre com o pensamento: “deveria estar a fazer alguma coisa”, “deveria ver o email”, até que finalmente o teu corpo que sabe exactamente do que tu necessitas no momento ajuda-te a descansares, a dormires e a simplesmente apreciares.
Estamos dentro de teias de fazer e de sermos sempre mais, de querermos sempre mais e principalmente de compararmos pessoas, momentos, conquistas. Enquanto continuarmos a separar o nosso ser da nossa parte profissional ou emocional continuaremos a viver separados e por consequência continuaremos a viver em desgaste, em esforço.
 
O artigo do Burnout, refere que os sintomas são:  
·         Exaustão física e mental.
·         Diminuição de rendimento no trabalho.
·         Diminuição do investimento nas relações interpessoais.
·         Distanciamento das pessoas.
Agora a pergunta para um milhão de euros J ok durante as férias até é “simples” sair desta teia, mas como é que faço quando voltar às rotinas normais:
Cria novas rotinas, cria rotinas em que tenhas tempo para ti, cria rotinas em que estejas pelo menos 15 minutos em silêncio. Começa a tua manhã focada em ti a dar-te tempo, durante o teu dia tira 1 minuto apenas para respirares profundamente, ouve durante o dia uma música que tenha uma influência positiva em ti. Cria novas rotinas para teres resultados diferentes. E lembra-te não és uma super Mulher ou super Homem, lembra-te que fazes o melhor que podes com os recursos que tens no momento.
Sê Inspiração,
Ligia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.