terça-feira, 28 de outubro de 2014

Quando a dor vira sofrimento.

Todos nós temos um “interruptor” que nos faz avançar ou ficar parados. Imagina esse interruptor como uma forma de medir a nossa dor ou prazer.
 Há uma semana falava com uma pessoa que me dizia o quanto estava saturada do seu actual emprego, trabalha na área da restauração e dizia-me que já contava pelas mãos o número de vezes que chegava a casa e não chorava de desespero, disse-me que nem sempre foi assim, existiram momentos em que gostava daquilo que fazia, disse-me até que sabia o que era o sentimento de realização, porque ficava muito feliz quando os clientes elogiavam a sua comida ou sentia que tinha deixado as pessoas com um sorriso na cara, mas segundo ela há 3 anos que já não sentia essa vontade, há 3 anos que sentia obrigação naquilo que fazia e chegava a casa completamente de rastos, vazia e sem energia para estar com a família. Este cansaço e esgotamento já estava a ter impacto na sua relação com o seu marido.
Após algumas perguntas disse-me que ainda não saiu do local de trabalho, porque era impossível, não tinha forma de se sustentar e não sabia o que fazer a seguir.
Quando ela me disse isso lembrei-me de algo que me tinham dito há uns anos em que eu me queixava que não conseguia manter o exercício físico e de verbalizar que o exercício físico não era para mim, e mesmo sabendo que não podia comia desenfreadamente. Enquanto me queixava a pessoa que eu tinha à minha frente disse-me: “ Não há problema ainda não alteraste, porque ainda não sentiste dor suficiente.”
Parvo.
Não disse, mas pensei, claro que senti dor suficiente se não, não estava aqui. Muito tempo depois é que percebi.
Nessa altura fugia dos espelhos e de tudo o que me podia demonstrar que estava mais gordinha, contava histórias a mim própria a dizer que como era Inverno era normal as pessoas engordarem um bocadinho, sou muito boa a encontrar desculpas. Lembro-me que nem gostava de ir às compras porque implicava ter que experimentar coisas e isso implicava olhar ao espelho, por isso comprava sem experimentar, na maior parte das vezes roupa larga, para não se ver as formas. Só que existiu um dia em que não pude fugir tinha que comprar um vestido para um casamento e nesse momento tive que olhar para o meu corpo no espelho, não podia mais olhar de lado, encolher a barriga ou inventar mais desculpas estava ali. Senti tanta dor por ter chegado aquele ponto e por me sentir tão mal com o meu corpo que as lágrimas começaram a cair ali mesmo sem conseguir parar. Aquele foi o meu interruptor, não dava mais para fingir e para amenizar a dor.
 Isto acontece na nossa saúde, nas nossas relações, nos nossos empregos, na nossa área financeira, todos nós temos um interruptor e se ainda não mudamos um determinado comportamento é porque esse interruptor ainda não tocou o número de vezes suficiente.
Podes fazer como eu fazia que era esperar que o interruptor toque até virar sofrimento (e na altura eu não era muito inteligente) ou perceber os sinais e começar com pequenas alterações.
Se achares que te posso ajudar através do Coaching pede mais informações em ligiasantosilva@gmail.com ou 968410565.
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach e Talent Finder.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Amor ou apego?

 
Acho que apenas este tema dava para uma tese de pelo menos 300 páginas, mas como só tenho um post vou tentar simplificar ao máximo.
Há uns 2 anos fui ao centro de Budismo de Portugal ouvir uma palestra que tinha exactamente este tema: “ Amor ou Apego?”. Toda a verdade achava-me na altura bastante evoluída e portanto achava que para mim não ia fazer muito sentido (leia por favor esta parte com tom arrogante), porque como era óbvio tinha clara noção do tipo de relações que tinha na minha vida e como era óbvio eram todas extremamente saudáveis (ah ah ah é o que me apetece dizer para a menina arrogante da altura), mas avancemos. À medida que a pessoa ia falando o interior do meu cérebro parecia uma verdadeira árvore de natal, de tantas luzes acenderem-se e de tantas ligações acontecerem em simultâneo.
Se olhasse verdadeiramente para as várias relações que tinha na minha vida, muito poucas (para não dizer nenhuma que parece um bocado mal dizer isto a pessoas que não conhecemos J) não tinham por base o amor incondicional, tinha sim uma necessidade de apego e de condicionalismo.
Por muito que falasse e lê-se sobre o assunto não o tinha integrado na minha e é esta última parte que faz toda a diferença. Obviamente que gostava de ver as pessoas à minha volta felizes, mas e se essa infelicidade implicasse estarem afastados de mim?
 
E se essa felicidade implicasse eu deixar de ter importância para a pessoa?
No post de hoje deixo-te esta pequena reflexão (vamos continuar nos próximos post), quantas relações tens na tua vida que têm verdadeiramente uma base de amor incondicional?
Se a tua primeira resposta for todas, sente novamente.
Se a tua resposta for a relação com os meus filhos, coloca-te estas questões? E se eles escolhessem fazer algo totalmente diferente das expectativas que tu tens para eles?
Se sentires envia-me as tuas respostas para ligiasantosilva@gmail.com
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach e Talent Finder

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Quando nos auto - sabotamos.

Hoje no blog vou falar-te um bocadinho do que o Coaching é e se faz sentido ou não para ti experimentares o as sessões de coaching. Nas últimas semanas tenho tido várias pessoas que me perguntam:
 “ O que é isso do Coaching é igual a consultas de psicologia ou de psicoterapia?”
O Coaching é diferente da psicoterapia e da psicologia, porque as sessões de Coaching o que permitem é ajudar a pessoa a focar-se no seu presente e no futuro.
Por vezes sentimos que estamos bloqueados ou que não conseguimos andar em frente, sentimos até que sabemos exatamente o que devemos de fazer e não conseguimos. Neste aspeto o coaching ajuda a desbloquear este sentimento de impotência ou de inação.
 
Ontem numa consulta uma pessoa com quem trabalho à algum tempo chegou à conclusão que sempre que está prestes atingir um objectivo muito importante para ela, o que faz é auto-sabotar essa conquista, porque segundo ela se ela atingir vai destacar-se e isso significa sair da sombra.
E se eu tiver mais ganhos em manter-me na sombra do que sair dela, provavelmente vou passar a minha vida a fazer isso, sempre que estiver atingir algo, saboto. Saboto para não perder o amor dos meus colegas ou família, para não passar menos tempo em casa, para não me destacar na minha relação, etc.
Estes são os nossos mecanismos de auto-sabotagem que por vezes não nos permitem avançar, quando tomamos consciência conseguimos avançar e alterar esses “gatilhos”. Daí para mim o coaching vai ao passado, para tomarmos consciência no presente para alterarmos no futuro.
 
Deixo-te aqui alguns momentos pelos quais possas estar a passar em que faz sentido recorreres ao coaching:
- Sentes que não consegues avançar;
- Sentes que estás bloqueado;
- Sentes que estás perdido;
- Sentes que não tens clareza;
- Sabes a direcção ou o caminho que deves tomar, mas não avanças.
- Sentes-te em estado de apatia ou triste;
- Sentes que tens baixo nível de confiança.
- Entre outros.
Ao longo dos últimos anos tenho ajudado principalmente mulheres a trazerem ao de cima o seu potencial e a voltarem acreditar nelas próprias, se quiseres mais informação ou marcar consulta comigo contacta o 96 841 05 65 ou ligiasilva@mariocaetano.net
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach e Talent Finder.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Corpo das Mulheres.

Sempre tive questões com o meu corpo, sempre achei que era demasiado gorda, que tinha demasiadas curvas, que os meus pés eram estranhos, que os meus braços não eram tonificados e eram muito gordos. Fiz várias dietas e deixei de comer muitas coisas que queria, nunca fiz muito exercício físico, passava em frente aos espelhos e não olhava porque sabia que não ia gostar do que ia ver. Quando estava em frente a um espelho encolhia a barriga e olhava-me de lado para dar a sensação que tinha o corpo mais delineado do que aquilo que ele era, não passava creme no corpo porque não queria sentir o meu corpo e quando passava creme passava o mais rápido possível apenas para não olhar muito para ele. Via na televisão e nas revistas mulheres com corpos magros e “bonitos” e ansiava por ter um corpo assim, simultaneamente referia para as pessoas que estavam à minha volta que adorava o meu corpo e que este estava bem assim. Mentira.

 
 
Mentia às pessoas que estavam à minha volta e mentia a mim própria dizendo que gostava de mim assim. Atacava o frigorífico e em cada refeição comia como se no dia seguinte fosse morrer, dizia a mim própria que se gostava de comer não me podia proibir, dizia a mim própria que gostava de mim própria e que me aceitava tal como era.
O primeiro ano em que vim viver para Lisboa engordei 9 kg (ao escrever agora até me doeu J)
Hoje ao ler o burburinho que existiu na moda Lisboa com a actriz Jessica Atayde percebi o quanto o corpo da mulher ainda é um tabu, continuamos a seguir um padrão do que deveríamos ser ou fazer, de como deveriam ser as nossas formas.
Um dia um homem muito sábio (nem ele sabe o quanto) disse-me: “ Se vocês mulheres investissem o mesmo tempo em apreciarem os vossos corpos, como investem em ter um corpo diferente ou em competir umas com as outras, tudo seria mais simples e as marcas não ganhavam tanto dinheiro.”
A comida para mim deixou de ser vista como uma forma de preencher uma necessidade, deixou de ser vista como uma forma de preencher o meu vazio e passou a ser uma forma de trazer mais prazer à minha vida, as quantidades alteraram, o espelho já faz parte do dia-a-dia, tal como o creme no corpo, o exercício físico entrou na minha vida não como uma forma de atingir o peso ideal, mas como algo essencial para a minha saúde mental. Por vezes continuo a olhar para a minha barriguinha e a questionar…
 
“ Hmmm como seria se não te tivesse.”
Em outros momentos olho para ela com admiração de tão fofinha que me parece J (toda a verdade). Alterei muito o meu corpo, não, alterei muito a minha mente, sim.
Não há ninguém que te posso dizer que és demasiado gorda ou demasiado magra, não há ninguém que te possa dizer que tens mamas demasiado grandes ou pequenas, não há ninguém que te possa dizer que o teu nariz não é perfeito, nem as outras mulheres.
Como diz o velho cliché, aprender a gostar mais de ti J tal como és!  
 
Sê Inspiração.
Lígia Silva.
Life Coach.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Quando acontecem coisas más.

E quando não estás à espera e acontecem as chamadas coisas más, aquelas que te deixam sem chão, aquelas te levam a questionar tudo.
Hoje numa sessão fizeram-me esta pergunta: “ Então e o que é que eu faço quando me acontecerem coisas más? Como é que eu consigo ver o lado positivo?”
Quando passamos a maior parte do nosso tempo a tentar controlar, por vezes temos tendência para controlar até a resposta que podemos dar a determinados eventos futuros, tentamos criar planos A e B, apenas para termos aquele conforto ilusório de que estamos preparados. Quando na verdade nunca estaremos, nunca estaremos suficientemente preparados para uma morte, para uma doença, para uma separação, para um despedimento ou para um desacreditar de nós próprios, nesse momento acredito que a única coisa a fazer é pegar na mochila de ferramentas que tens e começar a utilizá-la, chorar se tiveres que chorar, gritar se tiveres que gritar, sentir raiva se tiveres que sentir ou mesmo culpa, sentir. Mas não te entregares a ela, porque no momento em que a estás a sentir essa dor existe algo que também vai estar contigo, chama-se fé, acreditar, esperança. A fé ou o acreditar de que tudo vai ficar bem, de que tudo se vai resolver, fé de que tudo o que te está acontecer é porque tu tens capacidade para isso e essa fé ninguém te pode tirar porque ela reside dentro de ti.
Por isso hoje deixo-te apenas isto quando te acontecerem coisas más, lembra-te apenas que tens dentro de ti uma mochila enorme de ferramentas que sabem o que podem fazer permite-te utilizá-las com fé e esperança.
Qualquer questão que tenhas envia email para ligiasantosilva@gmail.com
 

Sê Inspiração.
Lígia Silva.
Coach, marketer e Talent Finder.
ligiasantosilva@gmail.com

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O medo de perder!

Eram 4h00 da manhã tinha vindo de uma formação e deitei-me cansada na cama olhei para o lado e senti que naquele momento estava tudo bem, tinha uma pessoa que eu amava ao meu lado e tinha-me a mim e pensei a partir de hoje vou sempre valorizar esta pessoa que tenho ao meu lado, a partir de hoje vou sempre sentir que está tudo certo na minha vida, pelo conforto que tenho, pelas gargalhadas que dou, pela realização que tenho e principalmente pelas pessoas que tenho ao meu lado.


 Isto foi à um ano e aquilo que eu pensei não se concretizou, porque continuei a tomar por certo as pessoas que tinha ao meu lado, pois o mais fácil é imaginar que no final do dia essa pessoa está lá, o mais fácil é imaginar que depois de um grito ou de uma discussão essa pessoa está lá. Verdadeiramente continuo a tomar por certo as pessoas que tenho ao meu lado, não tem a ver com as palavras ou com os “gosto de ti” tem a ver com uma alteração de perspectiva, tem a ver com uma alteração de sentir.


Por isso hoje lanço-me este desafio e se quiseres aceitar J apanha o barco e valoriza a pessoa que tens ao teu lado, com verdadeiro sentir, seja ela quem for, um filho, um marido, um namorado, um amigo e sente de coração o bom que é teres essa pessoa ao teu lado. Agradece-lhe e sente no coração o poder do amor.


Sê Inspiração,


Ligia Silva.
Humana.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O que fazer para ter um relacionamento mais feliz.

Já li alguns livros sobre o assunto, já me apresentaram algumas ferramentas ou técnicas, já vi testemunhos, já vi vídeos sobre o assunto e por isso mesmo não me tornei nenhum expert no assunto dos relacionamentos só que verdadeiramente das perguntas que mais me fazem e dos emails que mais recebo tem a ver com esta área em especifico e portanto quase me sinto “ obrigada” a escrever sobre isto. As perguntas andam quase todas à volta de: “ O que fazer para ter um relacionamento mais feliz.”



E perante esta pergunta existe uma resposta muito importante a ser dada que é: “ Nada”, não faças nada, porque esta é a questão se olhares para o teu dia-a-dia, à partida é parecido com o meu, trabalho, casa, trabalho, casa, ginásio J, estamos sempre a fazer alguma coisa, estamos sempre a correr para algum lado, por vezes sinto que até tenho os minutos contados para comer ou para ir à casa de banho (toda a verdade), por isso porque é que temos que estar constantemente a fazer alguma coisa, acredito sim que podemos aprimorar alguns aspectos e na maior parte deles não implica ação: 

1. Valoriza a pessoa que tens ao teu lado: Estamos tão habituados a ter essa pessoa ao nosso lado que nem lhe damos o verdadeiro valor, larga a crítica do que ela poderia estar a fazer ou poderia fazer e valoriza essa pessoa, o melhor disto é que ao fazeres isso com ele... vais começar a fazer isso contigo :) 

2. Sem expectativas: já anteriormente escrevi aqui as listas de supermercados que nós temos de como deve funcionar um relacionamento, ou de como deve ser o comportamento da outra pessoa, na maior parte das vezes essas listas só atrapalham porque nos ajudam a julgar o comportamento da outra pessoa. 

Lembro-me de uma pessoa que me disse:  

" Ele não me ligou." 
" E tu ligaste?" 
" Não"
" Porquê?" 
" Porque não deve ser assim!" 



Aqui está a lista de supermercado... se te apetece faz as coisas independentemente de estar ou não dentro do que é aceitável (desde que seja ecológico emocionalmente claro :)) 

3. Aprecia: olha para a tua relação ou para a pessoa que tens ao lado e em vez de apontarmos o que está mal, que tal apontar as coisas boas que acontecem, pelo menos 1 vez por dia :) boa? 

4. Deixa a culpa: Adoro quando me dizem eu não consigo ser eu própria ao lado dele...porque me revejo tanto nestas lindas palavras.. agora toda a verdade, a questão não está nele ou nela a questão em nós. Nós com medo da rejeição é que fingimos ser outras pessoas... principalmente ao lado das pessoas que mais amamos é mais seguro :) 

Cada ponto que escrevi estou a ler para mim, para interiorizar e ter uma relação mais saudável e mais feliz... vou experimentar hoje um destes pontos e tu? 

Sê Inspiração, 
Lígia Silva. 
Coach, Marketer e Talent Finder. 
Ligiasantosilva@gmail.com




quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Dias de superficialidade.

Existem aqueles dias, aqueles dias da parvoeira em que estás feliz por tudo e por nada, em que estás entusiasmada com as pequenas coisas e respiras melhor que nunca, aqueles dias em que a inspiração muito rapidamente se transforma em concretização, mas que profundidade não há muita. É por isso que hoje estava a olhar para o blog e a tentar perceber o que ia escrever, estava a pensar em temas profundos e etc... quando pensei: " Nop vou escrever o que me apetece: Que é dos dias em que é necessário existir superficialidade :) 



Porque existem dias em que faz bem olhar para a revista cor de rosa e cuscar sobre a vida dos famosos, existem dias em que faz bem imaginar como vai ser o teu guarda roupa de inverno, existem dias em que as músicas são daquelas que permitem abanar o rabo e não meditares de forma profunda (Sendo que abanar o rabo ao som da música é uma excelente forma de meditação, agora acabei de escrever e soou-me muito mal, mas vou deixar ficar), existem dias em que a tens que respirar e aceitar a vida tal como ela é, sem grandes questões e sem grandes pensamentos. Digo eu :) 

Como alguém um dia muito sábio disse, tudo reside no Equilibrio. 
Por isso o desafio que te deixo hoje é o que vais fazer para ter um bocadinho de superficialidade na tua vida? 

Sê Inspiração, 

Lígia Silva. 
Coach, Marketer e Talent Finder. 
Ligiasantosilva@gmail.com

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O antídoto da arrogância.

Como te disse anteriormente ao longo desta semana e da próxima vou colocar alguns dos botões que nós por vezes activamos e que por vezes deixam de nos servir por se tornarem um hábito.
Nos últimos post falei no estado de sobrevivência, no estado de escassez e hoje falo de arrogância:


Botão nº 3: Arrogância
A nossa natureza arrogante pode disfarçar-se de grandiosidade ou de enorme autoconfiança, mas, na realidade, tem origem na nossa insegurança ou no nosso medo. A arrogância é uma extensão da nossa obsessão em sermos maiores, mais inteligentes, melhores, mais importantes do que as outras pessoas para compensar aquilo que achamos que nos falta. Por vezes para não nos sentirmos pequenos e insignificantes, temos de inchar para provar que somos, de facto especiais. De alguma forma tentamos compensar o medo de não sermos demasiado bons.
Na verdade sempre que eu tenho um comportamento de maior arrogância sei que está na sua base alguma da minha insegurança, falta de confiança ou mesmo medo de perder algo.

Antídoto: Humildade
Através de um olhar mais humilde somos capazes de ver as boas intenções dos outros e celebrar – em vez de comparar e condenar – as nossas diferenças. A humildade torna-nos passiveis de sermos ensinados e fortalece a nossa capacidade de nos escutarmos verdadeiramente a nós próprios e aos outros. A humildade dá-nos simultaneamente a disposição de mudar e a visão para efectuar as mudanças que precisamos de fazer. Despidos da falsa capa da arrogância, somos suficientemente humildes para nos vermos tal como somos e só então podemos começar a antever a pessoa em que somos capazes de nos tornarmos.
O desafio que hoje que  te lanço é o mesmo que me lanço a mim todos os dias, uns dias sou bem sucedida outros dias nem por isso. Sempre que julgo o comportamento de outra pessoa questiono-me: “ Estou a fazer aquilo que estou a pedir que façam?”

Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Uma carta a mim.

Tenho noticias para ti, cresci, cresci de uma forma que não sei explicar, cresci de uma forma que nunca pensei para além daquilo que é inimaginável. Encontrei um lugar no mundo, sempre me disseste que não seria possível, mas foi. Encontrei a minha forma de comunicar, diferente da que tinhas idealizado para mim, mas encontrei, encontrei uma forma de me encontrar e de me conectar, diferente daquela que tinhas imaginado.

Cresci com a convicção de que não me posso agarrar às certezas que antes tinha porque elas estão a mudar a uma velocidade incrível. Cresci com a vontade de deixar um legado, lembras-te quando me dizias que o mais importante era ter uma carreira e ganhar muito dinheiro, acho que a meio me perdi dessa ideia e hoje sigo o caminho de um legado, o caminho de um chamamento. Por vezes continuo a perder-me não tanto como antes, mas continuo a perder-me, quando isso acontece sinto que são momentos normais, momentos que fazem parte do caminho, lembro-me do porquê, do porquê de por vezes passar por doida ou demasiado friqui, nesses momentos lembro-me do porquê. Lembro-me do porquê quando não tenho dinheiro na conta, por vezes acontece, lembro-me do porquê quando sinto a dor de perder algumas amizades, nesse momento lembro-me do porquê, lembro-me do porquê quando sinto que não sou entendida. Lembro-me do porquê quando vejo que do outro lado a pessoa tem os olhos a brilhar, lembro-me do porquê quando vejo as lágrimas nos olhos da pessoa que tenho à minha frente e sinto que ela também descobriu o seu porquê.


Lembro-me do porquê quando as pessoas atingem os seus pequenos grandes objectivos, lembro-me do porquê quando consigo ajudar, lembro-me do porquê quando alguém me diz: “tu entendes-me”.
Sei que este caminho está longe daquilo que querias para mim, para ti, mas também sabes no fundo do teu coração que este é o caminho.


Ontem estive ajudar uma das pessoas com mais idade que tive até ao dia hoje 71 anos, foi um dos melhor momentos que já tive até ao meu dia de hoje. Uma mulher maravilhosa, linda e inspiradora que a única coisa que quer é ser mais feliz, disse-me que perdeu muito tempo da sua vida a tentar ser algo que os outros queria que ela fosse e que agora estava na hora de ser o que ela queria. Sorri e no final da sessão trouxe no coração a sua mensagem: “ Quero agora viver aquilo que sou.”


Por isso hoje resolvi escrever uma carta a mim, para me lembrar do meu caminho, para me lembrar da minha fragilidade, para me lembrar de quem sou. Hoje o desafio que te deixo é que tu também escrevas uma carta a ti. 

Sê Inspiração, 
Lígia Silva. 

Coach, Marketer e Talent Finder. 
ligiasantosilva@gmail.com

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Como sair da escassez.

Como te disse anteriormente ao longo desta semana e da próxima vou colocar alguns dos botões que nós por vezes activamos que em determinados momentos deixam de nos servir por se tornarem um hábito.

No último post falei no estado de sobrevivência, que é o estado de estarmos constantemente com medo e do seu respectivo antídoto que é a vulnerabilidade.
Hoje falo-te de um outro botão:



Botão nº 2: A Ganância

O medo da escassez está na origem da ganância. É uma palavra bastante forte e a maior parte de nós diria: “ Eu não sou ganancioso”, mas olhando por vezes para nos nossos comportamentos quantos de nós não está constantemente em ter mais dinheiro, mais amor, mais qualquer coisa. Eu sim.

A ganância está aliada ao medo da escassez, aliada ao medo de não exista amor, dinheiro, ou oportunidades suficientes para todos, a ganância faz com que ansiemos cada vez por mais. O medo de ser pobre, o medo de fracassar, o medo de sermos rejeitados faz disparar a nossa ganância e leva-nos assegurarmos que as nossas necessidades são preenchidas a todo o custo.

Agora existe aqui uma questão a ter em atenção, algumas pessoas dizem –me: “ Mas querermos sempre algo mais é bom, certo?” Sim, a ganância pode ser saudável porque nos leva a sermos mais ambiciosos, leva-nos a sermos cada vez mais bem-sucedidos, mas a Ganância não saudável leva-nos a estarmos sempre com “fome” de amor, de dinheiro, de estatuto, de aprovação, bens materiais ou de poder. A nossa ganância é o que nos seduz a acreditar na ilusão que a satisfação existe no mundo exterior. A ganância não saudável leva-nos a consumirmos insaciavelmente mais na tentação de satisfazer a fome de coisas externas, daí em vários momentos da nossa vida sentirmos que nunca temos o suficiente, que nunca estamos bem.

Antídoto: Generosidade

Quando a nossa natureza gananciosa é compensada pela generosidade, assentamos na nossa verdade mais profunda. Enquanto a ganância nos diz que não há suficiente, a generosidade diz-nos o oposto, diz-nos que existe abundância de dinheiro, de amor e de sucesso. Quando estamos em desequilíbrio e estamos desligados do nosso coração agarramo-nos a tudo o que é exterior. Quando estamos numa relação (amorosa, social, profissional) a nossa ganância não saudável pergunta: “ O que tens para mim?”, a generosidade pergunta: “ O que posso fazer por ti?”. Quando equilibramos estas duas partes sem anular nenhuma das duas somos capazes de pedir o que sentimos que merecemos e confiar que existe suficiente para todos. Ser generoso com a nossa atenção, com os nossos talentos, com o nosso dinheiro é uma demonstração da nossa fé de que há suficiente para toda a gente e nesse estado de fé a nossa taça transborda. Quando aceitamos que sermos generosos nada tem a ver com o dinheiro que temos no banco a nossa vida transforma-se.

A generosidade começa na privacidade do nosso mundo interior, quando somos generosos connosco próprios, sentimos que somos dignos e apreciados. E quando nos sentimos dignos e apreciados, atraímos mais daquilo que queremos.


Por isso hoje o desafio que te lanço é: O que vais fazer para seres generoso contigo?

Sê Inspiração.
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Como sair do estado de medo.

Uma das questões que mais me fazia e ainda faço muitas vezes é: “ Como?”, “ Como faço isto?”, “ Como faço para aceitar?”, “ Como faço para mudar?”. Por isso durante as minhas consultas uma das coisas que é muito importante para mim é ajudar cada pessoa a responder exactamente a este: “ como”.

À medida que vais investindo na tua evolução pessoal existe algo que acontece que é o teu aumento de consciência, este aumento de consciência ajuda cada pessoa a ter dentro de si determinados botões que quando passam a linha do razoável são accionados. Na minha cabeça por vezes o que aparece é uma grande sirene vermelha J.
Durante esta semana e para te ajudar vou colocar aqui no blog alguns dos botões que por vezes são accionados dentro de nós e que já podem estar fora do razoável, vou também colocar o respectivo antidoto.


1.       Botão nº 1: Sobrevivência

Quando o botão da sobrevivência está activo estamos constantemente com medo que alguém nos exponha, nos magoe ou se aproveite de nós. Temos medo que alguém reconheça as nossas fraquezas e que as utilize contra nós. Apesar de este estado de sobrevivência ser importante para cada um de nós ter, na maior parte das vezes torna-se algo excessivo. Quando activamos este botão construímos à nossa volta muros que nos impedem de sermos íntimos, que nos impedem de pedirmos ajuda ou de confiar nos nossos pensamentos e nas pessoas à nossa volta.
Pois o nosso estado de sobrevivência diz-nos que se nos expusermos vamos sair magoados ou vamos ser humilhados.
Quando entramos num estado de sobrevivência utilizamos a negação, para tapar a dor e o vazio que sentimos. Quando estamos em sobrevivência escolhemos cada vez mais nos isolarmos para não sofrermos e para não sairmos magoados. Por vezes fazemo-lo até ao ponto em que não nos sentimos capazes de ser vulneráveis (abrir o coração), acreditamos que não temos a coragem de pedir ajuda e por isso na maior parte das vezes contaminamos as nossas próprias relações e tornamo-nos os nossos próprios inimigos.

Antídoto: Vulnerabilidade

Uma das funções mais importantes de um ego saudável é conhecer os seus pontos fortes e fracos, sentir quando é o momento de avançar sozinho e quando devemos pedir ajuda. Mas quando estamos num estado de sobrevivência estamos tão ocupados a tentar esconder que ficamos incapazes de nos vermos claramente, de olhar em verdade para os nossos comportamentos. A verdade é que fomos concebidos para funcionar como parte de um todo maior, precisamos da contribuição dos outros a fim de adquirir uma visão nítida de nós próprios. Para o nosso ego não perder o controlo ajuda-nos acreditar que não precisamos de ninguém e que o estado de sobrevivência é um estado normal. Mas quando aceitamos a nossa natureza vulnerável, somos capazes de pedir ajuda aos outros, de depender dos outros. A Vulnerabilidade dá-nos a liberdade de admitir: “ Preciso de ti”. É necessário coragem para sair da negação sobre quem somos e o que necessitamos. Se somos uma daquelas pessoas que confunde vulnerabilidade com fraqueza provavelmente nunca chegaremos a sentir a verdadeira liberdade interior.

Uma das melhores definições que eu já ouvi sobre vulnerabilidade foi: pessoa que arrisca, que trás incerteza para a sua vida e que se expõe emocionalmente.

O que vais fazer hoje que te vai permitir expores-te emocionalmente?

Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.