segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sou um ser espiritual lol

“Sou uma pessoa muito espiritual.”
Ultimamente tenho ouvido muito esta expressão algumas pessoas definem – se assim, tal como algumas dizem eu sou mais mental ou eu sou mais emocional, tem alguma piada porque eu própria já me defini como eu sou uma pessoa mais mental e essa parte do emocional e espiritual não me assiste muito (mentira da grossa, mas avancemos). Acredito que muitos de nós queremos tanto a chamada iluminação e ser um ser mais altruísta, que contribui para a salvação do mundo que albergamos dentro de nós uma tonelada de conceitos, que não passam disso a não ser uma tonelada de conceitos. Porque verdadeiramente tentamos tanto ser uns seres melhores que pelo caminho nos esquecemos da nossa humanidade tal como nos esquecemos que essa coisa de dizermos que somos uns seres mais espirituais é apenas uma forma de o nosso ego andar entretido achar que somos mais espiritualmente evoluídos que os outros (falo na primeira pessoa, dado que já tive a arrogância de achar que era mais evoluída em termos de consciência que algumas pessoas que estavam à minha volta, para mim e só para mim um verdadeiro egocentrismo da minha parte, continuando).
 
Ao longo dos anos fui integrando em mim este conceito e percebendo verdadeiramente o que este significa e para mim e hoje espiritualidade significa amor em ação.
Conheço uma pessoa que para mim é a pessoa mais espiritual que eu conheço, já a conheço há alguns anos e na altura ainda tinha muito a mania de ser espiritual J, mas assim que a comecei a ouvir falar percebi que ela tinha algo especial, não é guru nem mestre de nada, não se intitula salvadora de pessoas ou nada do género, mas ajuda diariamente 1 pessoa de cada vez, cheia de medo foi atrás dos seus sonhos, mesmo estando rodeada de pessoas que lhe diziam que este não era o momento, pelo caminho foi tendo vários obstáculos uns mais duros do que outros e a sua forma de reacção era: “ hoje foi um dia mau, mas amanhã eu sei que vai ser melhor.” Este ano teve uma das provas mais dolorosas que poderia ter, estive ao seu lado nesse momento, porque numa situação em que ela teria todo o direito de culpar mil e uma pessoas escolheu chorar, gritar, perdoar e com amor avançar, senti-me pequenina ao ver o seu comportamento, porque eu provavelmente teria ainda lutado pela razão, mas eu ainda não sou um ser espiritual J
Este texto é um agradecimento a uma das pessoas mais importantes da minha vida. Este texto é para ti amiga (que sabes quem és) uma pequena forma de te agradecer por tudo aquilo que és e pela capacidade que tens de inspirar através do teu exemplo. Um dia quando for grande quero ser como tu!
Sê Inspiração.
Lígia Silva.
Coach e Talent Finder

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Acho que tenho tempo!

Acho que tenho tempo, acredito mesmo que tenho tempo para fazer tudo aquilo que quero fazer, acho que tenho tempo para demonstrar a ti que te amo, acho que tenho tempo para dizer ao meu pai e à minha mãe o quanto os amo e que para mim são perfeitos tal como são, acho que tenho tempo para ir onde quero ir, acho que tenho tempo para fazer aquilo que quero fazer, acho que tenho as coisas controladas, sim acredito mesmo que controlo a minha vida e que por isso só vou morrer quando eu na minha arrogância achar que é a altura, acho que tenho tempo para perdoar quem eu sinto que devo perdoar, mas que por orgulho quero prolongar, acho que tenho tempo para continuar continuamente a questionar as coisas e não acreditar simplesmente porque sim, acho que tenho tempo para abrir o coração, acho que tenho tempo para sentir mais entusiasmo, para sentir mais alegria, para sentir mais amor, acho que tenho tempo e na minha ilusão arrogante acho que controlo a minha saúde, o ter ou não as pessoas à minha volta, que controlo o acordar de manhã. Na minha arrogância por vezes digo que a vida é dura ou que não me está ajudar, na minha arrogância na maior parte das vezes escolho o caminho mais fácil, apenas para ter a certeza de que esse é o caminho que eu controlo, pura ilusão.
Hoje soube de uma pessoa que conheci à algum tempo atrás que faleceu, não a conhecia bem e pelas questões “normais” afastei-me ao longo deste tempo, afinal achava que tinha tempo para um dia voltar a falar com ela.
 

Que o teu dia de hoje seja sem esperas, sente e faz J
Sê Inspiração.
Lígia Silva,
Coach e Talent Finder.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Quando lutar por um relacionamento?

Quando é que eu sei que um relacionamento terminou?
Quando é que eu sei que aquela já não é a pessoa com quem quero continuar a viver, com quem eu não quero continuar a partilhar os momentos bons ou os momentos menos bons.  Poderia escrever uma tese sobre este assunto e mesmo assim acho que estaria inacabado, porque verdadeiramente por muito que existam “especialistas” neste assunto, eles não estão dentro do teu relacionamento ou do meu e por isso esta é uma área tão frágil e na qual vem ao de cima o nosso melhor e acredito que também o nosso pior, porque é uma área que nós não controlamos é uma área que nos tira completamente fora da nossa zona de conforto e por isso nos trás tanta ansiedade e simultaneamente tanto entusiasmo.
Ainda ontem partilhava com uma pessoa que acho que em Portugal o tema relacionamentos é visto quase como se fosse um assunto Tabu, temos medo de admitir que esta é uma área que nos trás fragilidade e acima de tudo muitas das vezes não sabemos o que devemos ou não fazer, então escondemos, ou ficamos em silêncio por acharmos que só nós é que estamos a sentir isto, só nós atraímos para nós relações que não funcionam e etc. Por isso hoje deixo-te algumas dicas que te podem ajudar a lutar pelo teu relacionamento, porque acredito que por vezes achamos que já terminou e não é bem assim J (contudo esta é apenas a minha verdade):
 
1.       Aquilo que lhe estás a pedir estás a fazer?
Se estás a pedir maior atenção, se estás a pedir maior presença, se estás a pedir que a pessoa te valorize ou que te faça surpresas, estás a fazê-lo? Na maior parte das vezes quando me faço esta pergunta a minha resposta é não (mas isso sou eu J)
 
2.       Dizes verdadeiramente o que sentes, o número de vezes suficiente?
E não me estou a referir aquelas perguntas em que perguntas: “como correu o teu dia, ou etc”, mas aquelas perguntas que normalmente não dizes ou fazes com medo do que a outra pessoa vai dizer ou pensar, aquelas perguntas que trazem ao de cima a verdade verdadinha… porque na maior parte das vezes somos nós que fugimos desta verdade.
 
3.       Trazes estímulo, novidade à tua relação?
 
Por vezes quando entramos num momento de maior monotonia num relacionamento, como não temos forma saudáveis de trazer estímulo a esse relacionamento (surpresas ou simplesmente coisas diferentes) recorremos a formas não saudáveis como por exemplo discussões, muito inconsciente, mas com o propósito de quebrar a rotina.
 
4.       Apenas reconheces defeitos no outro.
 
Por vezes entramos num desgaste tão grande que apenas começamos a reconhecer defeitos na pessoa que temos ao nosso lado, no inicio não era assim porque conseguíamos ver para além das coisas menos boas. Treina o procurares coisas positivas na pessoa que tens ao teu lado, diariamente reconhece 2 ou 3 qualidades que essa pessoa têm e vais começar também a reconhecer em ti.
5.       Já fizeste realmente tudo o que estava ao teu alcance?
Esta é uma pergunta que utilizo nas várias áreas da minha vida e que já várias vezes a escrevi neste blog, coloca-te esta pergunta: “ Já fiz verdadeiramente tudo o que estava ao meu alcance?” se a resposta for não, continua  a experimentar J se a resposta for sim, it`s time!
 
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach e Talent Finder.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Escrava do corpo.

Eu admito sou comidodependente.
Se não existe um grupo destes deveria existir e eu gostaria de fazer parte.
Sou comidodependente, adoro comer, simplesmente adoro e então com a chegada desta época maravilhosa que é o Natal parece que os sabores e os cheiros ganham uma intensidade ainda maior, parece que tudo fica ainda mais brilhante e com ainda mais sabor e é nessa altura que para além de sermos bombardeados à entrada dos supermercados com bolos reis, bolos rainhas, filhoses, sonhos, nozes e filhos destes, existem também informações do género: “ conheça as calorias que tem uma fatia dourada, ou conheça as calorias que tem uma fatia de bolo rainha, é melhor comer bolo rainha porque não tem tantas calorias que o bolo rei…” (A sério!!!!)
Durante a minha adolescência sempre me debati com alguns desafios alimentares e durante 2 anos senti que estava a perder o controlo emocional e mental para a escravidão dos tamanhos da roupa e para a forma como eu via o meu corpo, acho que hoje em dia chama-se bulimia, na altura não sabia o que estava acontecer, apenas sabia que quando comia sentia-me imensamente mal pelas quantidades que comia (que eram exageradas) ou simplesmente por estar a comer e encontrava formas não muito bonitas ou saudáveis para retirar essa comida do meu organismo. Cresci e deixei de o fazer, passei a fazê-lo de uma forma mais refinada com dietas malucas que me faziam olhar para o meu corpo diariamente, encolher a barriga e olhar de lado porque parecia mais magra, existiam momentos em que nem conseguia colocar creme no corpo porque não gostava se quer de olhar para a pele com celulite, passava pelos espelhos a correr, a correria pelas medidas certas e quase que perfeitas fizeram-me ter pouco prazer pela vida e mesmo pela comida, anos mais tarde percebi que quanto mais desconectada estava de mim pior ficava a minha alimentação.
 
Hoje em dia ainda tenho momentos em que dou por mim a ser escrava das medidas perfeitas, quando isso acontece sei que é o momento em que estou desconectada de mim. Adoro comer e adoro o prazer que tenho quando como, posso sempre fazê-lo de forma equilibrada, mas ser escrava da quantidade de calorias que uma fatia dourada tem, isso é que não J
A escravidão pelo corpo e pelas medidas retira-nos a capacidade de vivermos e de aproveitarmos a vida. Espero que este natal seja para ti um natal com muito prazer e equilíbrio alimentar, mas acima de tudo com muito prazer!
Sê Inspiração.
Lígia Silva.
Coach e Talent Finder.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Os meus problemas não são únicos.

Devido à entrevista que saiu na Cosmopolitan sobre Talento e realização do mês de Dezembro, nos últimos dias recebi vários contactos de pessoas a pedirem mais informação sobre o coaching e a contarem um bocadinho as suas histórias, porque se identificaram com o que estava escrito. Depois de falar com essas pessoas e de as ouvir voltei a ter a mesma sensação, todos nós somos seres únicos e diferentes, total verdade, mas de uma forma também ela única todos nós temos os mesmo desafios, ou muito próximos e acabamos por nos afastarmos uns dos outros por acharmos que a pessoa que está ao nosso lado nos vai julgar ou porque não vai perceber aquilo que eu estou a dizer.
 
O problema aumenta quando generalizamos as seguintes “crenças”:  
- Uma pessoa que ama aquilo que faz todos os dias acorda motivada e cheia de vontade de ir trabalhar, logo se eu não acordo assim “todos os dias” (reforço todos os dias) é porque provavelmente não estou realizada ou não gosto daquilo que faço.
A sério? Todos os dias (note-se que aqui estou a fazer expressões com os olhos para reforçar o todos os dias)? E aqueles dias em que está frio lá fora e apetece ficar na cama. Acredito que como humanos que somos, todos nós temos dias bons e dias menos bons, o grande desafio é aceitar isso.  
- Quando encontras aquilo que amas fazer, tudo flui.
Esta é uma das grandes questões das pessoas que vêm ter comigo, vou dar-te um exemplo: imagina que sou professora e imagina que o meu maior medo é falar em público e agora imagina que cada vez que tenho que dar aulas entro em pânico, fico mal disposta, etc, dirias que o talento desta pessoa é dar aulas? Provavelmente não, ou provavelmente sim, tudo depende do propósito que tu tens e daquilo em que estás focado quando estás numa situação destas.
 Ou imagina um outro exemplo imagina que sou uma pessoa muito tímida e aquilo que mais gosto de fazer é comunicar com pessoas, significa que este não é o meu talento, claro que não apenas significa que essa é a sua maior prenda.
 
- Se toda a minha vida fiz uma coisa que não me preenche e agora descubro que é outra completamente diferente e tenho que mudar toda a minha vida.
Não.
Conheço uma pessoa que é secretária da administração, após algumas perguntas descobriu que uma das coisas que mais gostava era criar a partir das suas mãos, mas tudo o que tivesse relacionado com a parte de vestuário, com o passar do tempo foi ganhando maior clareza e percebeu que aquilo que mais gostava de fazer era recriar as roupas que tinha em casa, não criar de raiz, mas sim recriá-las, decidiu que queria experimentar nos seus tempos livres a costura, fez 2 workshops nesta área, durante o workshop conheceu uma mulher que estava a criar uma organização que aquilo que fazia era reciclar a roupa com pequenos pormenores que tornava cada peça de roupa única. No momento presente essa pessoa dedica algumas horas da sua semana na recriação de roupa os últimos 2 meses ganhou financeiramente com o seu hobbie, ao dia de hoje está a criar o plano para largar a área da secretaria e realizar-se no seu hobbie. Esta pessoa demorou 3 anos a fazer isso, porquê? Porque é possível construíres a tua carreira e criares um plano para te ajudar e fazeres isto com segurança.
 
Se pretenderes mais informação sobre o coaching ou se tiveres algumas questões envia email para ligiasantosilva@gmail.com
 
Sê Inspiração,
Lígia Silva
Coach e Talent Finder.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Quando a nossa vida é uma luta.

Sempre ouvi dizer: “ És tu que crias a tua realidade.”
Sempre achei um bocado exagerado e que não poderia ser levado tão à letra, afinal eu não era assim tão parva para criar para mim resultados na minha vida de escassez, de medo, de indecisão ou mesmo de tristeza.  
Ontem um homem de 35 anos dizia-me que se pudesse resumir toda a sua vida numa palavra, a palavra que escolhia era luta: “ Sinto que passei a vida a lutar, lutar para ganhar mais dinheiro, lutar para estar mais tempo com os meus filhos, lutar para conseguir aguentar o meu casamento, lutar para ter trabalho e ser reconhecido, lutar para ir ao ginásio e ter um corpo com saúde. E hoje percebi que se não tivesse lutado desta forma verdadeiramente não teria validado em mim a minha coragem e a minha resiliência, sei que se as coisas não tivessem sido feitas desta forma nunca me teria sentido merecedor de ter as coisas, mas neste momento sinto que já chega já estou muito cansado de tanto esforço, hoje quero encontrar uma forma de fazer as coisas de uma outra forma.”
 
 
O que esta pessoa ontem percebeu foi que se a sua vida fosse de outra forma provavelmente ela não reconhecia os seus limites, provavelmente ele não reconhecia em si a sua resiliência e a sua coragem, porque uma parte de ti sabe que a verdadeira transformação acontece apenas quando sentes a dor suficiente para alterares, se tem que ser sempre assim, claro que não, mas provavelmente teve que ser até ao dia de hoje. J
Sê Inspiração.
Lígia Silva,
Coach e Talent Finder.