quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O que me falta?

Ontem à noite enquanto segurava nas minhas mãos uma chávena de chá quente e pensava em como tinha corrido o meu dia, lembrei-me das coisas que ainda tinha pendentes, dos emails que não li, das pessoas a quem não consegui responder, das chamadas que não consegui fazer e fui invadida por um sentimento de ansiedade e por um aperto que não me deixava estar em paz, o pensamento seguinte foi: “ Ok isto foi aquilo que não fizeste e o que fizeste?”
 
A minha cara alterou-se e o sorriso apareceu, o aperto no coração deu lugar a gratidão comecei a ver a as caras das pessoas com quem tive oportunidade de estar ontem e que tive oportunidade de ajudar, no final respirei profundamente, mas um respirar do coração e nesse momento senti o quanto por vezes me esqueço de valorizar o que diariamente conquisto e o que já conquistei.
Li um livro em que referia que o pensamento de escassez é uma constante na nossa vida e na nossa sociedade que assim que acordamos por vezes ainda antes de colocarmos os pés no chão já estamos com pensamentos de escassez, como por exemplo: “ não dormi o suficiente”, “ já não tenho tempo”.
O nosso foco está constantemente entre estes dois lados: “ O que me falta?” e “ O que já tenho?”. Escolhe em qual dos dois queres viver o teu dia, o primeiro vem com ansiedade, medo e conflito, o segundo vem com gratidão, amor e apreciação.
 
Sê Inspiração,
Ligia Silva.
Coach e Talent Finder.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O fim das relações.

Lembro-me desde pequena de ouvir a expressão “ está de luto”, na verdade nunca percebi verdadeiramente o que isso significava até o ter sentido. Por muito cliché que possa parecer acredito que no terminar de algo cada um de nós faz sempre um processo de luto, a intensidade e o tempo em que estamos nesse período depende de cada um.  
 
Quando terminamos uma relação, um casamento, uma relação profissional, uma amizade, no fundo quando terminamos um ciclo passamos todos nós por um “processo de luto”, este pode ser dividido em várias fazes:
1.       Fugir para a frente: Nesta fase temos uma necessidade incrível de demonstrarmos o quanto estamos bem e maravilhosos, na verdade acredito que uma parte de nós está, porque é a folia da nova relação, da nova amizade, do novo ciclo em que tudo é novo e tudo é estímulo e que sentimos uma agradável sensação de alívio. Resistimos a pensar ou em sentir o que ficou para trás e queremos é andar para a frente. Nesta fase em especial existe uma necessidade enorme em dizer: “ Estou óptimo, está tudo óptimo.”
 
2.       Culpabilização: esta é a fase em que tudo era mau, isto é, passamos algum tempo a culpar a anterior relação, em que sentimos raiva e mágoa por tudo o que passamos e colocamos essa culpa na anterior relação. Aqui nesta parte também podemos encontrar um fenómeno muito interessante: “ a culpa é toda minha, a borboleta bateu as suas asas na china, morreu e por isso a culpa é minha…” acho que não é preciso dizer muito mais sobre esta questão J
 
3.       Aceitação: Acredito que esta é a fase em que temos o maior processo de iluminação em que percebemos que verdadeiramente terminou, com esta confrontação podemos nos sentir ainda mais tristes e sozinhos, contudo esta é uma fase inicial, esta é a fase da verdade em que já não conseguimos tapar o que sentimos ou disfarçar, esta é uma fase essencial para avançarmos para um novo ciclo.
 
4.       Avançar com medo: quando terminamos uma relação seja ela de amor, de amizade ou mesmo profissional devido a todo o processo o nosso coração fica mais pequeno e desta forma temos mais medo de o ferir novamente, por vezes temos tanto medo que entramos em pânico, contudo não existe uma fórmula que te possa assegurar que não voltas a sentir dor, existe sim uma fórmula que te vai ajudar a viver ainda mais a vida, a essa fórmula chama-se exposição, ação e muita vulnerabilidade.
 
Passamos por cada um destes pontos, não por nenhuma ordem em especifico, contudo tudo na nossa vida funciona através de ciclos e estes ciclos são necessários para o teu coração ficar maior, para o teu coração recuperar e estar pronto para o próximo ciclo.
Que esta semana seja para ti um bom inicio de ciclos J
 
Sê Inspiração.
Lígia Silva.
Coach e Talent Finder.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Como gostar de mim!

Sempre tive dificuldade em perceber um dos grandes clichés do mundo da auto-ajuda, por muitos livros que lesse, por muito áudio que ouvisse ou por muitos cursos que fizesse o cliché: “ Aceita-te a ti para o outro te aceitar” não entrava dentro de mim, pensava: “ Ok isso é giro, mas como é que eu faço isso. Como é que eu gosto de mim quando olho ao espelho e não gosto do meu corpo, quando imagino a vida que poderia ter ou o que poderia fazer e não é aquilo que tenho ou que faço agora, como é que gosto de mim agora, ao dia de hoje?”
Na verdade estaria a mentir-te se te dissesse que este cliché já estava perfeitamente integrado em mim porque o que sinto é que é um “work in progress”
Mas a cada dia que passa faz mais sentido para mim, por isso a ti mulher e homem que estão a ler este texto vou deixar-te algumas dicas que para mim funcionaram, não são soluções universais, certo? Contudo só saberás se realmente experimentares J
1.       Na minha opinião repetir 100 vezes ao espelho eu gosto de mim todos os dias, não funciona, porque simplesmente o meu cérebro diz:  “Grande mentira que estás a dizer.” Por isso na minha vida decidi adoptar outra estratégia: Ação Positiva = Pensamento Positivo.
 
2.       Enfrenta aquilo que mais rejeitas: Ainda ontem partilhava com uma pessoa numa sessão que um dos momentos mais duros para mim foi quando me obriguei a olhar verdadeiramente para o meu corpo sem truques, comecei a passar o creme no corpo e não de fugida, comecei a olhar para ele e a ver a casca de laranja e toda a celulite que estava presente, comecei a olhar para o espelho sem me colocar de lado para parecer mais magra olhava o meu corpo e via aquilo que gostava e aquilo que não gostava. Enfrenta aquilo que mais te assusta.
 
 
3.       Deixa de procurar validação no outro: Existiu um dia uma pessoa que me disse umas palavras que nunca vou esquecer: “ Nunca ninguém te vai validar da forma que tu queres, porque simplesmente é impossível, porque vais querer sempre mais e mais.” Toda a verdade sei que é difícil integrarmos isto dentro de nós, mas é verdade nunca vai ser suficiente, por isso larga rapidamente essa necessidade de procurares a validação no outro e como? Valida-te a ti interiormente, reconhece diariamente as tuas conquistas, reconhece diariamente os teus comportamentos, os teus sucessos e os teus insucessos, mas reconhece-te. E sim vão existir momentos em que vais ter que fazer um esforço para procurares isso em ti, mas faz!
4.       Não és má pessoa: não sei se isto acontece contigo, mas comigo por vezes acontecia, tinha a sensação que se as pessoas realmente me conhecessem, mas verdadeiramente ficariam desiludidas ou iam perceber que eu não era boa pessoa ou pelo menos que não era a pessoa que gostava de passar. És humano, apenas isso e por isso tens comportamentos bons e comportamentos menos bons, mas que são teus e que fazem parte de ti, descobre formas de os utilizar a teu favor.
 
5.       Procura ajuda: Não tens que ir para uma seita ou pertencer a grupo de “falta de auto-estima anónimos” (esta até me ri a escrever, tens que admitir que tem uma certa piada J). Normalmente estamos tão dentro da nossa história que achamos que só nós é que temos destes comportamento ou pensamentos destrutivos, das várias pessoas que ajudo garanto-te, mas garanto-te mesmo que todos nós somos mais parecidos do que aquilo que parecemos.
 
 
6.       Simplifica: a sério simplifica, trás pequenos prazeres à tua vida e escolhe na tua vida momentos em que possas simplesmente viver a vida sem grandes pensamentos, sem grandes filosofias.
E já sabes qualquer questão que queiras colocar envia email para ligiasantosilva@gmail.com
 
Sê Inspiração,
Ligia Silva
Coach e Talent Finder.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Tenho medo de dizer que sou feliz.

Lembro-me de quando era pequena e acontecia alguma coisa boa diziam-me: “ Mantém isso para ti para não atraíres a inveja”. Aposto que a ti também te diziam isso.
Acredito que de alguma forma alguns de nós foram crescendo com isso e em momentos em que estamos verdadeiramente felizes por algo que aconteceu ou não, existe uma voz interior que nos diz para não o dizer, ou até para não o sentir muito e então com medo do nosso grupo de amigos nos achar “demasiado felizes” ou presunçosos, com medo de atrairmos “energias menos positivas”, ou simplesmente porque vamos estar a sobressair, não comunicamos ao mundo as coisas boas que nos aconteceram ou simplesmente o facto de estarmos felizes.
A questão é que nos habituamos a estar tristes e a estar melancólicos, mas não treinamos o nosso estado de felicidade.
Uma mulher muito sábia disse-me a semana passada: “ As pessoas que gostam verdadeiramente de ti vão estar a festejar contigo os bons momentos e vão ficar genuinamente felizes com as tuas boas notícias e não apenas nos momentos mais difíceis”
 
Quando guardo apenas para mim os momentos de maior felicidade, estou a dar a ordem de que eles não são suficientemente importantes para serem partilhados, mas acima de tudo que não são suficientemente importantes para serem vividos com intensidade.
Hoje de uma forma simples desejo que vivas com intensidade os bons momentos da tua vida e que treines a felicidade J
Sê Inspiração,
Ligia Silva.
Coach e Talent Finder.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O medo da exposição.

Contou-me que sentia dentro dela que conseguia ter sucesso e que tudo aquilo que desejava até ao dia de hoje tinha atingido: “ Via os meus amigos a atingirem as coisas com muito esforço e no meu caso eu até conseguia com muita facilidade, mas quando as atingia e começava a sentir a atenção das outras pessoas, começava a sentir que estava a ficar demasiado exposta, encontrava algum problema naquilo que fazia e então fugia, cheguei a despedir-me do meu emprego no Porto e no mesmo dia estar no Alentejo, para recomeçar a minha vida.”
A maria (nome fictício) percorreu o nosso país desde o norte até ao sul constantemente a mudar de profissão porque de cada vez que ela ganhava um bocadinho de exposição isso a assustava e fazia com que ela fugisse, nunca teve nenhum objectivo bem definido nem nunca quis ter grande clareza do queria fazer porque simplesmente sabia que se definisse o conseguia atingir e o nível de frustração ia aumentar. Ao dia de hoje está a viver numa vila perto de Lisboa, tem um trabalho de back office, treme cada vez que tem que falar com os clientes, treme cada vez que começa a chamar mais atenção. A primeira vez que a vi o seu cabelo tapava a cara e o seu corpo fazia um esforço para tapar todas as suas formas, utilizava roupas largas para não se ver as formas, para não chamar atenção, falava muito baixo e raramente sorria tudo para não se destacar.
 
Lembro-me das primeiras palavras que disse: “ Sinto-me a morrer por dentro.”
No post de ontem falei-te um bocadinho de mecanismos de auto sabotagem, hoje continuo nessa linha, porque os pedidos por email têm sido muitos para continuar abordar este tema.
Repara no caso da Maria, ela acredita que o melhor que estava a fazer era a fugir da exposição (sendo exposição por exemplo falares para mais de 2 pessoas), vivia numa zona com pouca gente, tinha poucas pessoas de confiança na sua vida e até o seu corpo começou a obedecer à sua ordem, a Maria fez o melhor que sabia na altura, contudo ela apenas está a fazer uma coisa a afastar-se daquilo que a faz mais feliz.
A auto sabotagem é isto nós afastamo-nos daquilo que nos faz mais felizes e continuamente temos comportamentos que nos vão levar a apagar a nossa luz.
Este é o comportamento da Maria que a afasta daquilo que é mais importante para ela estar com outras pessoas, no caso dela revi também muitos dos meus mecanismos… e tu quais são os teus mecanismos de auto – sabotagem? Envia email a contar para ligiasantosilva@gmail.com.
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach e Talent Finder.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Eu sou o meu pior inimigo :)

Lembro-me de ler em algum lado: “ Você é o seu maior inimigo.” Pensei, sim já sei disso e na maior parte das vezes é desta forma que olho para as coisas com a sensação de que já sei o que querem dizer, contudo é quando verdadeiramente sinto dor que integro aquilo que já sabia.
Então o post de hoje é mais uma auto consciencialização minha (como são todos), e hoje por alguma razão divina acredito que te vai ajudar a descobrires alguns dos teus mecanismos de auto-sabotagem.
Partindo do cliché “ Eu sou o meu maior inimigo” aqui vão alguns indicadores que indicam que este cliché até é bem verdade:
 
1)      Quando recebo por vezes oportunidades maravilhosas, penso: “ Hmmm mas será que eu mereço mesmo isto, será que não se enganaram na pessoa.” Em vez de… “ Que bom, sinto-me verdadeiramente merecedora de receber isto.”
 
2)      Sou por vezes a primeira pessoa a desacreditar de mim. Imagina que tens 10 pessoas à tua volta, essas 10 pessoas estão a falar de ti e no fundo a elogiar o teu caminho e as tuas conquistas e depois existe uma 11ª pessoa que diz: “ não é bem assim.” Bem normalmente essa 11ª pessoa somos nós J
 
 
3)      Sou a pessoa que mais exige de mim. Ora esta questão numa primeira fase até diria que era uma coisa boa, contudo imagina o seguinte cenário, imagina que independentemente do que faças estás constantemente com a questão dentro da tua cabeça: “ Deveria ter feito diferente, poderia ter feito melhor, já deveria estar muito mais à frente, já deveria estar a fazer as coisas de forma diferente, etc etc.”
 
4)      Sou a última pessoa a elogiar o meu comportamento e por vezes nem elogio… não vá ficar demasiado convencido (vá lá esta também a fazes J). Por vezes parto do pressuposto que já deveria saber tudo e por tanto tudo aquilo que faço, faço tendo por vezes por pressuposto que só faço aquilo que é a minha obrigação, então no final as conquistas nem são valorizadas, como se por vezes as conquistas fossem garantidas, que totó que eu sou!
E por hoje deixo-te apenas 4 dos meus mecanismos de auto-sabotagem… quero saber quais são os teus, se tiveres claro… pode acontecer seres um ser tão iluminado que não tenhas J envia email para ligiasantosilva@gmail.com e indica-me alguns dos teus comportamentos que acreditas que são formas de te auto-sabotares.
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach e Talent Finder.