terça-feira, 30 de junho de 2015

Quando me desiludo.


Já me desiludi comigo própria, já me desiludi com pessoas que estão à minha volta, fico magoada e fico triste.  Contudo a verdade é que isso apenas foi possível porque eu criei as minhas expectativas, as expectativas do que eu queria que acontecesse na minha vida, naquele momento, naquela determinada situação, a verdade é que criei expectativas de como é que aquela pessoa deveria ou não ser, qual o comportamento que aquela pessoa deveria ter. Não sei se mais alguém faz isto :) mas coloquei as pessoas em escadas, umas estão nuns degraus superiores aos meus, outras estão num degraus abaixo dos meus.

No primeiro quando as pessoas que estão no “degrau acima”, demonstram as suas vulnerabilidades ou demonstram as suas dores, aquilo que eu faço é sentir desilusão porque simplesmente elas não estão a ter um comportamento de acordo com aquilo que eu defini e com aquilo que eu esperava. Contudo cada uma dessas pessoas está apenas a demonstrar o seu lado mais humano, o seu lado luz e também o seu lado mais sombra. Aceitar o lado humano do outro vai ajudar-me a mim aceitar as minhas partes mais vulneráveis e a tornar-me mais inteira.



No segundo caso, quando coloco as pessoas nos “degraus abaixo”, estou apenas a ser guiada pelo meu Ego, não vejo o verdadeiro potencial dessa pessoa, porque já lhe coloquei um rótulo e perco a oportunidade de aprender com ela e de crescer com ela.  Aceitando o crescimento dessa pessoa e reconhecendo, reconheço em mim cada vez mais qualidades.

Várias vezes já dei por mim nos dois momentos, a dar poder às pessoas e a colocá-las num degrau acima e a ser arrogante e achar que estava acima de outras pessoas, facilmente entramos em cada um destes estados, caminhando de forma mais consciente percebemos e sentimos que verdadeiramente somos todos iguais e que todos temos um poder ilimitado.

E a ti, já te aconteceu? Partilha aqui se já experienciaste algum destes momentos.


Sê Inspiração,
Lígia Silva.

ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Que legado escolho deixar?

Ainda não sou mãe, acredito que o vou ser, não consigo julgar os pais porque não faço ideia do que é ser pai, os desafios, as dores e as alegrias ainda não as conheço.



Felizmente sempre tive pais que me disseram segue aquilo que te faz feliz, mesmo quando não percebiam o que me fazia feliz (na verdade eu também não). Da parte dos dois tinha sempre a mesma questão:

" Isso faz-te feliz?"

Os condicionamentos de não seguir o que gostava ou de nem investir tempo em perceber o que gostava de fazer, vieram de mim, da forma como eu me via e daquilo que eu acreditava que era capaz, escolhi seguir o caminho mais fácil e que trouxesse o maior número de segurança possível. Infelizmente nunca valorizei o suficiente os meus pais como agora, se não fosse o apoio constante deles provavelmente teria sido mais difícil o experimentar de alguns caminhos. E por isso hoje, quando ainda não sou mãe, existe algo que quero deixar para o meu filho, que ainda não conheço de forma tangível e que já conheço. Quero deixar-lhe o exemplo, o exemplo de que várias vezes abri o coração, mesmo quando ele estava magoado, quero deixar-lhe o exemplo de que segui várias vezes o que me fazia feliz, quero deixar-lhe o exemplo de que mesmo triste continuei acreditar em mim, quero deixar-lhe o exemplo que mesmo depois de ter falhado continuei a ver a vida com uns óculos rosa, daqueles que colocam o sorriso na cara e a esperança no olhar.

E tu qual o legado que queres deixar?

Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Life Coach e Terapeuta.

ligiasantosilva@gmail.com  ou 935 333 777




segunda-feira, 15 de junho de 2015

Encontro de almas.

Durante muito tempo procurei respostas e validação nas pessoas à minha volta apenas porque não confiava nas respostas que eu tinha dentro de mim ou melhor apenas porque eu não tinha confiança suficiente para confiar nas respostas que eu tinha dentro de mim. Vivi durante tanto tempo dessa forma que cheguei mesmo acreditar que era a única forma possível, vivia com o medo do que iria acontecer e acima de tudo vivia com o medo de perder aquilo que eu tinha por certo.

Quando trabalhamos diariamente com pessoas, diariamente és confrontado com os teus próprios problemas, isto porque acredito que cada pessoa que vem ter comigo, vem porque o desafio que ela tem eu já o tive ou estou a ter no momento. Cada pessoa é como se fosse um espelho nosso. Acredito que quem escolhe trabalhar, ajudar, facilitar o processo de outras pessoas tem uma responsabilidade ainda maior porque tem que praticar aquilo que diz, não apenas uma vez por mês, mas sim diariamente, a cada momento.

Imagina a cada segundo seres confrontado com os teus problemas aqueles que tentas esquecer quando vês televisão, quando vais às compras, quando bebes um copo ou quando comes de forma excessiva. Começas por escolher procurar respostas “rápidas” aquelas instantâneas que te vão resolver pelo menos metade da vida ou então daquelas pílulas mágicas que se as tomares vai te resolver a outra metade da vida.



Fui arrogante o suficiente por acreditar que tinha mais consciência e que poderia ser ajudada de forma rápida, procurava soluções para o “agora” e consistência claramente não era o meu nome do meio. Existiu um momento em que a minha arrogância atingiu níveis tão altos como os Pirenéus e achava só poderia ser ajudada pelos melhores (agora até me dá vontade de rir por achar o quanto fui arrogante), utilizava frequentemente a desculpa que: “ Tinha níveis de exigência elevados” (lol para mim).

A descida à terra e a consciência da minha arrogância foi dolorosa. Não quero dizer com isto que não devemos procurar ajudar, muito pelo contrário acredito que todos nós precisamos de alguém que nos ajude em determinados momentos da nossa vida, sou 100% a favor disso se estivermos abertos e receptivos essa pessoa vai aparecer, basta sentir o nível de conexão e sentir se aquilo que a pessoa nos diz é congruente. Agora colocar a responsabilidade da nossa vida nas mãos dessa pessoa é uma excelente forma de me desresponsabilizar, entrei em muitos cursos com este pensamento: “ Vá vai directo à questão e ajuda-me no meu problema.”

Felizmente tive pessoas ao meu lado que me ajudaram a colocar os pés no chão e a olhar verdadeiramente para aquilo que eu estava a pedir aos outros. Se era mais fácil? Sim era. Resolveu?
Não.


Hoje continuo a receber ajuda energeticamente, mentalmente e emocionalmente porque acredito que quem ajuda outras pessoas tem a responsabilidade de estar constantemente a cuidar de si. Contudo acredito também que ao longo do nosso dia vamos encontrando grandes sábios aqueles que não têm o curso YYY, aqueles que não andaram na escola XXX, aqueles que não têm títulos.


Na sexta-feira recebi uma prenda enorme uma pessoa que conheço à alguns meses e que de uma forma tímida resolveu contar a sua história, de onde veio, como foi o seu crescimento, os seus sofrimentos e as suas conquistas, das centenas de pessoas com quem já trabalhei nunca ouvi nada assim, nunca tinha ouvido algo que pudesse implicar tanta dor e sofrimento, enquanto contava a sua história fui me questionando onde estava a sua mágoa e a sua tristeza, porque simplesmente não a via. No final da história perguntei:

“ E o que sentes agora depois disso tudo?”

Respondeu-me:

“ Acredito que existe algo a que chamamos de almas, as nossas almas têm encontro marcado com outras almas e os encontros de dor que eu tive apenas me serviram para eu amar ainda mais a vida que tenho. Tenho 55 anos e sinto que voltei a nascer, aquilo é uma outra história, esta que estou a viver tem mais amor e mais alegria e tem pessoas maravilhosas pelo meio.” 

No final despediu-se com:

“ Engraçado nunca contei a minha história a ninguém, és a primeira pessoa, não sei porque te contei.”

Eu sei.

A vida não se prende com o que já foste, ou com o que já tiveste, a vida prende-se com aquilo que escolhes ser agora, com a quantidade de amor e de alegria que escolhes trazer hoje para a tua vida.
O meu coração está enorme e rico, porque me permiti sair do meu mundo e conhecer as pessoas à minha volta. Desejo-te uma semana de muitas experiências simples e grandiosas como aquela que eu tive.


Sê Inspiração.

Lígia Silva,
Life Coach e Terapeuta.

ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Quando tudo faz sentido!

"Poderia tudo ter sido diferente."

Mas não foi. E não foi por uma razão que ainda a vais descobrir.

Acredito que todos nós temos um puzzle, esse puzzle vai-se construindo ao longo da nossa vida e como em todos os puzzles nem sempre conseguimos perceber onde encaixam determinadas peças e por isso por vezes temos que começar por outras peças para as que estão pendentes fazerem sentido.

 A construção deste puzzle não termina, apenas a junção das suas peças vai fazendo cada vez mais sentido, principalmente os momentos menos bons que vão acontecendo na nossa vida, esses são das peças mais difíceis de encaixar no puzzle, apenas por uma razão porque estamos agarrados a procurar a razão do porquê dessa peça entrar na nossa vida, mas enquanto estou tão ocupado a procurar essa razão todo o puzzle está pendente e mais nenhuma peça entra.



Quando era miúda adorava construir puzzles, no inicio pegava em todas as peças e tentava colocá-las, com o passar do tempo comecei a ser um pouco mais inteligente e comecei pelas peças que estavam nos cantos ou que correspondiam aos limites do tabuleiro, procurava as peças mais simples de encaixar e encaixava as mais complexas que eram aquelas que faziam com que todo o puzzle fizesse sentido, essas eram guardadas para o final. Depois de ter encaixado as dos cantos e dos limites, facilmente encaixava as dos meios e nesse momento tudo fazia sentido. Na altura não perdia muito tempo à procura das peças do meio, focava-me nas peças mais simples, porque sabia que no final tudo iria fazer sentido.

Esta confiança nem sempre me acompanha diariamente, mas a verdade é que esta simplicidade ainda está dentro de mim, tal como está dentro de ti.

Por isso hoje espero que comeces pelas peças mais simples e deixes as do meio mais para o fim :)

Sê Inspiração,

Lígia Silva.

Life Coach e Talent Finder.

ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Quando a dor vira sofrimento!

Contava-me o quanto era feliz ajudar os outros, o quanto se sentia bem com aquilo que fazia, perguntei-lhe:
“ E quando estás sozinho estás feliz contigo, consegues estar em silêncio?”

Não me respondeu.

Lembro-me dos momentos em que assim que chegava a casa ligava a TV ou colocava logo música, lembro-me que a chegada da noite era um dos momentos mais desagradáveis que eu sentia, adormecia no sofá a ver TV para não ter que ir para a cama e pensar, encontrava sempre uma razão para sair de casa, para combinar alguma coisa, lembro-me que sempre que faziam alguma pergunta sobre mim, sobre como estava, encontrava sempre forma de a contornar respondendo que estava óptima.

A verdade é que fugia, fugia do que o silêncio me pudesse demonstrar, fugia dos momentos em que tinha que parar para pensar, fugia dos momentos em que tinha que ser confrontada com a minha própria felicidade, com o meu nível de preenchimento, porque enquanto conseguia andar desta forma podia fazer de conta que a dor e a infelicidade que sentia não existiam, que era apenas uma ilusão minha.



Existe um fosso entre o nosso eu essência e o nosso eu social, são duas partes de nós que quanto maior for o fosse entre elas maior é o nosso nível de dor e de sofrimento, a melhor forma de perceberes qual é o fosso entre o teu eu essência e o teu social é fazeres a seguinte pergunta:

“ De 0 a 10 qual é o meu nível de preenchimento quando estou comigo, sozinha, sem distracções?” Sê verdadeira na resposta.

O número que te dá é simplesmente a ponte que liga o teu eu essência ao teu eu social, tal como acontece numa ponte esta está aqui para que cada um de nós a consiga percorrer diariamente e diminuir o fosse entre as duas partes.  

A verdade é que achei durante muito tempo que com o passar dos dias a dor iria atenuar, que se eu estivesse bem quietinha a dor passava, mentira, essa dor apenas virou sofrimento.
Começa hoje a diminuir o fosso entre cada uma das partes.

Uma boa semana.

Sê Inspiração,

Lígia Silva.
Life Coach e Talent Finder.

ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777