quarta-feira, 29 de julho de 2015

Quando sentimos um chamamento.

Começa como se fosse uma voz muito fina, como se estivesse a quilómetros de distância de nós e aparece de repente quando não estamos a contar, nesse instante ouvimos:

“ Mas é só isto?”

Com o passar do tempo esta voz fina vai ganhando intensidade e vai aparecendo mais vezes, torna-se mais forte, mais presente. Torna-se mais forte no início de cada dia, no final de cada mês quando pagamos as contas, na empresa quando atingimos os objectivos ou não, no chegar a casa sem um sorriso colocado, de mão dada com a voz vem também um sentimento, o sentimento de insuficiência, a sensação de que temos muito para oferecer, mas que não sabemos como colocar isso cá para fora e nem sabemos por onde começar.



A frustração aumenta e a voz torna-se cada vez mais intensa, por não gostarmos da sensação achamos que é algo que vai desaparecer e então escolhemos simplesmente começar a ignorar essa voz. Não desaparece, muito pelo contrário ganha ainda mais intensidade.

Nunca mais me esqueci de uma frase que um dia ouvi:


“ Potencial que não é convertido vira sofrimento.” 

Verdade, verdadinha, a sensação de termos que fazer algo, de termos uma missão para cumprir e não a realizarmos torna-se sofrimento. Se existe forma de viver com esta sensação sem viver a nossa missão. Deve de existir, contudo não sei se poderemos dizer que estamos a viver.

Quando dás atenção à voz sentes dois sentimentos contrários, o primeiro sentes um certo alívio porque finalmente estás a fazer algo por ti, no segundo momento sentes uma confusão tremenda porque não tens dentro de ti as certezas do que fazer com esse chamamento e melhor não sabes nem por onde começar. Por isso hoje se estás nesta situação, deixo-te aqui algumas dicas: 

1. Não és só tu que estás nesta situação, milhares e milhares de mulheres estão a sentir o mesmo. É algo normal que nos está acontecer e é muito bom (p.s. garanto-te que não estás a ficar maluca :)) 

2. Larga a ideia que tens que largar tudo o que conheces para começar uma vida nova. Começa bem devagarinho, passo a passo, com estrutura. 

3. Começa por identificar quais são os passos que vais dar para colocar esses dons cá para fora. 

Durante o mês de Julho e Agosto vou estar ajudar pessoas de forma presencial e via skipe a encontrarem as suas respostas e a colocarem essas respostas cá para fora. Terei todo o prazer em ajudar-te a ti também, entra em contacto para ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777. 

Lígia Silva.



terça-feira, 28 de julho de 2015

Sou vitima ou agressor?

Lembro-me de ver uma reportagem sobre as vítimas de violência doméstica em que uma das psicólogas referia que a relação que existia entre a vítima e o agressor era a seguinte:

O Agressor fazia a vítima acreditar que ela não era nada sem ele, que a vida dela não poderia ser melhor sem ele, quando na verdade era completamente o contrário o agressor é que não sabia o que fazer à sua vida sem aquela pessoa e aquilo que ele fazia era ganhar poder com o medo da vítima.

Aquela analogia ficou integrada dentro de mim, porque não analisado apenas o caso extremo de uma situação de violência doméstica, diariamente encontramos situações destas fora da nossa vida e dentro da nossa vida. Ora assumimos um estado de vítima, ora assumimos um estado de agressor.

No caso do primeiro (vitima ou presa) acreditamos que sem aquela pessoa, que sem aquele relacionamento, que sem aquela profissão, que sem aquela empresa, que sem aquele dinheiro, não somos nada e então por medo de perdermos aquilo que temos por certo não avançamos para algo maior, não arriscamos e por vezes nem nos questionamos.

O mesmo acontece quando somos agressores, ou lobos, fazemos querer às pessoas (amigo, namorado (a), colega de trabalho) que eles precisam de nós, que não são suficientes sem nós, que só nós conseguimos ser ou fazer algo.



Já escolhi ser vítima e já escolhi ser agressor. O primeiro escolhi porque era o que era mais fácil para mim, acomodei-me a ser vitima, no segundo sentia tanta insegurança e tanto medo de não ser ninguém que assumi o papel de agressor.

Porque é que te estou a contar hoje isto?

Porque ontem descobri mais uma parte minha em que estava a ser agressor, descobrir isto libertou-me, deu-me paz e leveza, libertou a minha criatividade, agarrei e integrei mais uma parte minha, desejo-te o mesmo sentimento, para isso deixo-te um exercício simples:

1. Em que partes da tua vida ou com que pessoas é que estás a ter o papel de vitima?
1.1. O que ganhas com isso?
2. Em que partes da tua vida ou com que pessoas é que estás a ter o papel de agressor?
2.1 O que ganhas com isso?


Desafio-te a partilhares comigo através da caixa que está no canto superior do blog ou então através do meu email ligiasantosilva@gmail.com a resposta a estas questões recordo que cada comunicação que recebo é confidencial e apenas vista por mim.

Até já,

Lígia Silva.



segunda-feira, 27 de julho de 2015

Como perdoar alguém.

Acredito que o ato de perdão (perdão verdadeiro) é um dos atos mais desafiantes de alguém fazer e normalmente são as pessoas de quem menos esperamos que conseguem realizar um ato tão puro. Os perdões fast food são realizados pelas pessoas que acham que sabem tudo e que encontram estratégias inteligentes para fugir à dor, acabei de fazer a minha descrição J

Quando comecei a interessar-me por estas questões do desenvolvimento humano, uma das coisas que aprendi foi que alguém só me pode magoar se eu o permitir, levei isto como lei para mim, a sério, fez-me tanto sentido e facilitou-me tanto a vida eu colocar a minha armadura de tamanho XXL que foi algo que me acompanhou durante muito tempo.


Quando acontecia algum episódio menos bonito os pensamentos eram: “ Ok ela fez aquilo porque não estava no seu melhor, ou ele não tinha recursos na altura.” E avançava, convencida que de que já tinha limpo a ferida, já tinha colocado o penso e até que a ferida já tinha sarado.

Continuamos a caminhar sempre com a armadura XXL, aliás a cada dia que passa a armadura está cada vez mais grossa só que as feridas, essas continuam lá e num determinado momento em que não estamos a contar, as feridas abrem e mostram verdadeiramente a sua profundidade, as que foram mal tratadas, as que ainda não cicatrizaram e aquelas que estão em carne viva, acredito que neste momento a nossa mente continua a tentar que utilizemos a mesma estratégia, a estratégia de avançarmos sem olharmos verdadeiramente para o que nos provoca dor, porque o olhar para aquilo que nos mete dor, assusta-nos, temos medo de nos afundarmos nessa dor, temos medo que ela nos coma vivos e que percamos qualquer tipo de controle que temos sobre ela. Mas a verdade é que podemos olhar para ela não ficar lá, podemos encará-la de frente e depois avançar.



Continuo acreditar que alguém só nos pode magoar continuamente se assim o permitirmos, mas que se permitimos isso estamos a dar o poder da nossa vida a essa pessoa, por isso hoje deixo-te aqui algumas dicas que acredito que te vão ajudar a perdoares verdadeiramente e de coração, ajudando-te desta a forma a começares a cicatrizar as tuas dores:

1. Olha verdadeiramente: olha de frente com valentia para aquilo que te dá medo, para aquilo que te magoa, mas olha verdadeiramente para a causa. É o teu ego que está ferido? Sentes que não foste suficiente? Sentes que não mereces?

2. Descobre os pensamentos mais profundos: Quando começo a questionar verdadeiramente o que está por detrás dessa dor começo a ver quais são os meus pensamentos mais profundos, começo a ver por vezes como sou mesquinha ou arrogante, começo a ver como sou carente ou me sinto insuficiente? O que dizem os teus pensamentos?

3. Escreve: Uma das terapias que mais me ajuda é a escrita, quando escrevemos sobre algo ajudamos a trazer cá fora o que sentimos e o que pensamos. Escreve os teus pensamentos mais profundos.

4. Partilha: Já disse isso aqui centenas de vezes, achamos sempre que só nós é que pensamos e sentimos coisas diferentes, quando começamos a partilhar percebemos que não estamos sozinhos. 

No canto superior direito do blog tens um espaço onde podes partilhar o que tu sentes e enviar apenas para mim é confidencial por isso se sentires partilha.

Durante o mês de Julho e Agosto vou estar ajudar pessoas a curar as suas feridas emocionais, marca a tua consulta através de ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333  777.

Lígia Silva. 


quinta-feira, 23 de julho de 2015

Quando ficamos cansados de lutar.

Acredito que um dos melhores momentos que podemos ter na nossa vida é quando nos cansamos de lutar e escolhemos deixar de lutar. Isto não significa que desistimos de viver ou de sermos felizes muito pelo contrário, simplesmente significa que deixamos de tentar ser senhores supremos do universo e na nossa humildade aceitamos que já não sabemos nada, que tudo aquilo que tínhamos por garantido e por certo deixou de o ser. É confuso, é frustrante e simultaneamente é imensamente libertador.

Quando entramos no estado de luta activamos dentro de nós o nosso Tarzan e em cada problema ou desafio que acontece libertamos aquele grunhido que nos faz sentir o senhor da selva e saltamos de árvore em árvore apenas para resolvermos os nossos problemas. É divertido e em determinados momentos sentimo-nos os maiores porque afinal somos os reis da selva. Só que fazer isto durante anos, saltar de árvore em árvore durante anos, como podes imaginar é extremamente cansativo. Falo por mim, quando entro no estado de rei da selva gasto a minha energia toda, torno-me ainda mais irritadiça e pareço uma frenética a fazer e a fazer coisas por vezes sem direcção.

Existe um outro estado, estado esse que tenho como propósito tornar-me excelente nele, mas ainda sou uma aprendiza. Este segundo estado eu gosto de lhe chamar o ZEN Activo, é um estado de rendição e de humildade. Como ser arrogante que por vezes ainda sou acredito muitas vezes que sou o Sr. todo poderoso do universo que controlo tudo e que sei tudo, quando fico assim o Sr. universo vem e puxa-me o tapete, entro logo novamente na linha J



O ZEN Activo é um estado em que utilizamos mais a nossa energia feminina e a nossa inteligência e que requer passarmos inicialmente por duas fases muito importantes:  

1.  Clareza: identifica exactamente para onde queres ir, identifica todos os pormenores para cada uma das áreas da tua vida, dessa forma vais conseguir identificar as oportunidades certas, vais conseguir investir a tua energia no que é verdadeiramente necessário. Quando não tenho clareza sinto ansiedade e por consequência frustração.
Um ZEN Activo sabe exactamente para onde vai.

2. Estratégia: Encontro muitas pessoas que confundem o estado de rendição com o ir com a corrente e que repetem centenas de vezes: “ Ah vou deixar fluir.”

Há uns anos atrás falava com um homem que me contava o que gostava de fazer e como para ele as coisas eram tão difíceis pedi-lhe um exemplo, disse-me:

“ Ok vou dar-te um exemplo muito simples, quero muito praticar meditação e então fui à União Budista Portuguesa para perceber como funciona, cheguei à rua, toquei à porta e não me abriram a porta, vim embora. Percebes até para fazer meditação é assim tão difícil.”

Perguntei:

“ E então experimentaste tocar uma segunda vez?”


Dou por mim muitas vezes a desistir das coisas e sem insistir nelas porque algum dia me disseram que tudo o que não é fluído é porque não tem que ser. A sério? Se calhar apenas temos que insistir uma segunda vez.

Por isso o ponto da estratégia é tão importante, depois de obteres clareza identifica a estratégia para atingires o que queres para ti, seja em que área for da tua vida, porque desta forma com o passar do tempo consegues fazer algo único que é refinar essa estratégia à medida que vais obtendo feedback do universo. Volto a repetir que é mesmo muito importante, a estratégia para cada uma das áreas da nossa vida: física, emocional, carreira, financeira, missão de vida.

Durante o mês de Julho e Agosto vou estar ajudar pessoas a ganharem clareza e a definirem as estratégias para as suas vidas, para marcares consulta presencial ou via skipe, entra em contacto com o 935 333 777 ou ligiasantosilva@gmail.com. Podes também deixar a tua mensagem no canto superior direito do blog.

Ate já!
Lígia Silva.



quarta-feira, 22 de julho de 2015

Estar atento aos sinais!

Exactamente há 7 anos atrás entrei numa igreja em Lisboa, já não o fazia há muito tempo, mas quando estamos perdidos e em busca de respostas por alguma razão procuramos os locais e as pessoas que nos trazem conforto e que nos são familiares. Sentei-me e assim que me sentei as lágrimas começaram a cair, baixei a cabeça e por alguma razão sentia uma vergonha imensa por não saber o que deveria fazer na minha vida, não tinha coragem de dizer às pessoas que estavam à minha volta que estava perdida e que estava completamente cheia de medo, tinha a cabeça cheia de questões, tinha o coração apertado, sentia que tinha um tijolo em cima de mim porque simplesmente não conseguia respirar, levantei a cabeça e olhei em volta para perceber se conhecia algum dos anjos ou santos (não sei bem a diferença, peço desculpa). Fixei uma das imagens aquela que parecia ter um ar mais carinhoso e não tão purgativo e no meio de uma tempestade de emoções e de pensamentos, pedi um sinal, pedi apenas que me desse um sinal que me indicasse se estava ou não no caminho certo.  


Hoje acredito muito em sinais e em sincronicidades, pelo menos são as verdades que eu trago para mim, que me ajudam avançar, que me ajudam a escolher a direita ou a esquerda, o persistir ou o largar. Acredito que esses sinais existem na vida de cada um de nós e que se estivermos mais presentes para eles escusamos de evitar o chamado sofrimento.
No último ano tem intensificado, nas consultas, a procura por um tema muito interessante ao qual investimos a maior parte do nosso dia e do nosso ano, fazendo as contas nós passamos cerca de 2700 horas por ano dedicados à nossa carreira, se fazemos algo que nos preenche essas horas têm um resultado muito positivo, se não fazemos algo que nos preenche essas horas podem ter um resultado bastante doloroso.


A maior parte de nós (eu acreditava) acredita que para fazer uma alteração de carreira, tem que alterar toda a sua vida, a verdade é que na maior parte das vezes isso não é necessário e como uma mudança grande assusta-nos, simplesmente não a fazemos. Hoje acredito que essa mudança pode ser estruturada e faseada o que nos leva a sentirmo-nos mais confortáveis e com um maior nível de segurança.





Deixo aqui alguns sinais que nos indicam que é o momento de procurar fazer algumas alterações faseadas, na nossa carreira: 

1. Independentemente do número de horas que dormimos sentimos sempre um grande nível de cansaço ao iniciar de cada dia. 

2. Iniciamos diariamente o nosso dia de trabalho com esforço e com desmotivação. 

3. Deixamos de trazer para o nosso dia, a simpatia e a alegria que tínhamos estamos apenas focados em cumprir tarefas. 

4. Em tudo encontramos problemas, mesmo nas coisas simples. 

5. Deixamos de acreditar naquilo que fazemos. 

6. Temos o síndrome de Domingo à noite :) começa no domingo depois de almoço e instala-se verdadeiramente no domingo ao final da noite, a ansiedade e preocupação fazem parte do nosso domingo. 

7. Evitamos estar sozinhos ou em silêncio. 

8. Adormecemos a ver Televisão. 

Estes são apenas alguns dos sinais que nos ajudam a perceber que este é o momento de fazer algumas alterações está atento a eles e dá pequenos passos. 

Durante o mês de Julho e Agosto vou estar ajudar pessoas a fazerem as mudanças que necessitam nas suas vidas de uma forma estruturada e segura. Para marcares consulta entra em contacto para o 935 333 777 ou ligiasantosilva@gmail.com 

Tem uma excelente semana. 

Lígia Silva, 





segunda-feira, 20 de julho de 2015

Largar o que já não nos serve!

Quando teimo em querer reter na minha vida pessoas que insistem em ir, quando teimo em reter na minha vida padrões que ousam transformar-se, quando teimo reter na minha vida situações que já não me servem em que o medo daquilo que posso perder é maior face aquilo que posso ganhar.

Quando teimo em resistir às pequenas mudanças que o universo me trás, quando teimo em dizer que não às oportunidades que chegam, quando teimo em questionar cada prenda e momento feliz que recebo, quando teimo em queixar-me, quando teimo em esconder a minha felicidade com medo de magoar o outro, quando teimo diariamente escolher o caminho do esforço e da escassez, escolho de forma inconsciente trazer sofrimento e falta de leveza para a minha vida.



Hoje acordei com uma vontade imensa de gritar, de gritar a mim e a ti e afirmar perante ti que não é preciso mais escondermos o que sentimos tristeza ou felicidade, que já não precisamos de fazer de conta, que já não necessitamos de colocar a máscara da perfeição porque a verdade é que todos nos unimos na nossa imperfeição, na nossa vulnerabilidade. Hoje acordei com uma vontade imensa de gritar, de gritar a mim e a ti que já chega de me julgar, que não precisamos de ser, de fazer ou de ter mais nada, porque tal como és mereces tudo de bom que a vida tem para te dar.

Por isso deixa ir o que insiste em ir, deixa ir o esforço, deixa ir as pessoas, deixa ir o amor, deixa ir a resistência, pois enquanto estiveres em batalha é apenas isso que vais ter.
Uma excelente semana com menos camadas.



Lígia Silva. 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Estou preparado para o Sucesso?

Estamos à espera que as coisas sejam difíceis e que impliquem muito esforço, estamos à espera de ter de trabalhar muito para atingirmos os nossos objectivos, estamos à espera de ter de lutar muito, de cair e de nos levantarmos, de chorar e de limpar as lágrimas, mas aquilo que não estamos à espera é que as coisas corram muito bem, que as coisa fluam, que as oportunidades apareçam e que a abundância se instale na nossa vida, porque simplesmente não estamos à espera que as coisas corram bem, não a nós.

Quando isso acontece, as perguntas que se instalam dentro de nós são:

“ Será que eu mereço isto?”

“ Será que é mesmo assim?”

“ O que é que eu fiz para as coisas acontecerem desta forma?”



A verdade é que a maior parte de nós não sabe lidar com o seu próprio sucesso (obviamente que estou apenas a falar de mim) e quando as coisas começam verdadeiramente a fluir, sem esforço, uma das primeiras coisas que começam aparecer são as dúvidas e a auto-sabotagem.

Há alguns anos atrás uma pessoa disse-me algo que nunca mais me esqueci e que me ajudou imenso na altura e hoje também, utilizo como um mantra para começar o meu dia:

“ Lígia tu mereces tudo de bom agora e para isso não tens que fazer mais nada, conquistar mais nada, atingir mais nada, tu mereces por aquilo que tu és agora.”

Ele disse-me isso a mim e eu digo-te a ti, porque esta simples frase tornou-se a minha verdade.
Por isso hoje como estamos no final da semana desejo que tragas esta verdade para ti, não tens que atingir ou conquistar mais nada, tu mereces tudo de bom agora, por aquilo que és, por aquilo em que tornaste.


Uma boa sexta-feira J

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Quando não somos aceites ou compreendidos.


Actualmente a nossa sociedade está construída para que nos movamos consoante as normas e os padrões impostos pelo exterior, assim desta forma não somos muito rejeitados ou colocados de lado. A autenticidade é o oposto desta normalização, está ligada a mantermo-nos fiéis ao nosso próprio ser, sendo guiados pela nossa consciência e pelo nosso coração. Quando tomamos esta decisão de forma inconsciente estamos assumir um preço a pagar, o preço de sentirmos ainda mais prazer e alegria, mas também uma dor de forma mais intensa, porque quando nos tornamos mais autênticos e seguimos mais o nosso coração existe algo que escolhemos colocar de lado que são 1/3 das nossas 50.000 capas que utilizamos para nos protegermos. As capas vão saindo e com elas a nossa vulnerabilidade vai aumentando, a verdade é que não é um processo fácil.

Passamos por vários processos, o momento em que tentamos explicar às pessoas o que estamos a fazer e tentamos ajudá-las a perceber que existe um melhor caminho (na minha opinião foi a fase da minha arrogância em que achava que sabia o que era o melhor para os outros), a fase em que tentamos nos encaixar no mesmo grupo de amigos de sempre (normalmente não funciona J), a fase em que questionamos se deveríamos ou não ter seguido o caminho da autenticidade, o caminho de nos guiarmos pelo coração, a fase em que questionamos se vamos acabar por ficar sozinhos, se realmente é o mundo que está certo e nós é que estamos errados, a fase em que lutamos contra a maré e por fim a fase em que nos rendemos. Esta última fase pode ser confundida com desistir, na minha opinião são estados totalmente diferentes a rendição é um estado de crença, crença em mim e em que existe algo maior que também me ajudará seja o que for, crença no meu caminho, crença nas minhas escolhas, crença na bondade do mundo e das pessoas, crença de que está tudo certo.

Estas várias fases não têm uma ordem em especifico e podem ser sentidas num mesmo dia, acredito que a fase de rendição é a fase a que todos queremos chegar porque é aquela que nos trás um maior sentimento de paz e de apreciação.  Por isso se por alguma motivo as coisas na tua vida têm ganho uma maior intensidade é natural, é sinal que estás a viver de uma outra forma é sinal que pelo caminho que tens feito tens perdido algumas das capas que tinhas…



Um dos pensamentos que pode estar na tua mente é: “ Então se vou sentir essa intensidade não o vou fazer.”

É verdade que é um caminho desafiante, não digo que não, mas existe algo que para mim compensa toda a dor, antes não suportava os momentos de silêncio comigo, eram momentos dos quais eu fugia, encontrava centenas de formas para me manter ocupada, não sentia paz, sentia apenas conflito. Hoje adoro os silêncios, privilegio estes silêncios deixei de ter medo dos meus próprios pensamentos, no lugar do conflito tenho um maior sentimento de paz. E só por isso compensa todos os momentos de dúvida e de dor que tive e que terei.

Por isso hoje deixo-te apenas com esta reflexão mais autêntica J

Durante o mês de Julho vou estar ajudar pessoas a sentirem este sentimento de conexão consigo próprias de forma presencial ou via skipe, para marcares consulta entra em contacto para o 935 333 777 ou ligiasantosilva@gmail.com


Desejo-te uma excelente quinta-feira!

Lígia Silva. 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Como terminar um relacionamento de forma saudável II

“ Onde o amor impera, não há desejo de poder e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.” Carl Jung

No último post escrevi sobre: “ Como terminar um relacionamento de forma saudável”, um dos pontos em que toquei referia os padrões que nós temos nos relacionamentos. Recebi vários comentários de pessoas a identificarem os seus padrões e outras a referirem que não sabem quais são os seus padrões. Durante o dia de hoje vou estar a responder aos emails que recebi, dado que ainda não o consegui fazer a toda a gente.

Quando abordamos a área de relacionamentos entramos aqui num campo muito sensível porque é uma área que não controlámos, na maior parte das vezes não tem lógica e traz ao de cima o nosso melhor e o nosso pior e por isso aquilo que neste momento te quero assegurar é que é completamente normal te sentires fragilizado e inseguro nesta área, eu em vários momentos da minha vida também me sinto, tendo isto por base vamos avançar.

Como seres mentais que somos adoramos descobrir o porquê das coisas, adoramos ter informação para perceber como funcionamos, o perceber o porquê ajuda-nos a trazer um certo sentido de paz ao nosso coração, lutar contra isto é apenas uma perda de energia. O grande desafio está em não te perderes no porquê, passares anos a tentar descobrir o porquê de algo, apenas te faz uma coisa, impede-te de viver.

Eu acredito que aquilo que nós acreditamos é uma das grandes bases dos resultados que temos na nossa vida, sejam resultados mais positivos ou resultados menos positivos. Partindo deste pressuposto um dos pontos essenciais na minha vida e nas minhas consultas é descobrir as verdades absolutas que estão por detrás dos nossos resultados, quais são as crenças que suportam esses resultados.  




Tenho uma cliente minha que iniciou há um ano um negócio novo, quando iniciou a abertura deste negócio as pessoas à sua volta garantiram-lhe que iria ser algo muito difícil, porque estamos numa altura de crise e por isso mesmo tudo tem que ser feito com muito esforço. Apesar disto lembro-me de ela dizer várias vezes nas consultas: “ Não sei porquê, mas tenho dentro de mim uma certeza que me garante que este negócio vai fluir e vai ser abundante.” Os primeiros 6 meses foram muito abundantes e superaram todas as expectativas, ela recuperou o seu investimento inicial e no final dos 6 meses, superou tudo aquilo que ela achava que poderia acontecer (numa perspectiva positiva). No final dos 6 meses os desafios dela não eram desafios de escassez, mas sim desafios de abundância, como lidar com o sucesso que ela estava a ter. 

Eu acredito que as verdades absolutas que nós temos enterradas no nosso inconsciente suportam os resultados que nós temos na nossa vida, por isso o desafio que te lanço é que comeces por descobrir essas verdades. As várias pessoas que me questionaram dos seus padrões (anterior post) tiveram como propósito descobrir essas verdades.
Mas vamos ao ponto que realmente importa: “ Como terminar um relacionamento de forma saudável”

No anterior post contei-te a minha experiência, o mais fácil para mim era terminar algo e sair desse relacionamento o mais rápido possível, fechar a porta e avançar, isto não apenas na área dos relacionamentos amorosos, mas também nas restantes áreas, no relacionamento seguinte as questões anteriores apenas se intensificavam.
Numa das minhas sessões (que eu recebo) a facilitadora fez-me uma pergunta que mudou por completo a minha vida:


“ E porque é que não terminas em amor?”

Olhei para ela com descrédito e senti que a sobrancelha até levantou de tão anormal que aquela perguntou me pareceu, questionei o que isso seria e como é que isso se fazia. De uma forma simples ela disse-me:

“ Lígia o mais fácil para ti neste momento seria terminares este ciclo e iniciares outro, contudo as aprendizagens ainda não foram retiradas se não, não estarias nesse conflito, por isso faz-te a ti própria as seguintes perguntas:

- Quais são os meus maiores desafios neste relacionamento?

- Se estiver noutro relacionamento continuarei com os mesmos desafios?

- Verdadeiramente a responsabilidade de eu não ser feliz depende da pessoa ou das pessoas com quem eu estou?

- Qual seria o meu comportamento saudável neste relacionamento?”

Encontrei as respostas e quando as encontrei comecei a concretizá-las nos meus relacionamentos com apoio claro. Consequentemente começou acontecer algo muito engraçado, de forma natural comecei avançar para outros ciclos, para outros relacionamentos, sem raivas, de forma fluída e respeitosa, com dor claro, mas sem a carga que antes transportava. Se o faço sempre? Não, porque sou humana e como tal estou aprender a ser um ser humano melhor. Funciona? Sim, é mais leve e mais fluído e eu acredito que a vida pode ser desta forma.

Partilha comigo o que sentes nos teus relacionamentos no canto superior direito do blog que eu dou-te o meu feedback.

Durante o mês de Julho vou estar ajudar pessoas a obterem essa clareza e essa leveza, marca a tua consulta através de ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777.

Tem uma quarta-feira muito leve J



segunda-feira, 13 de julho de 2015

Como terminar relações de uma forma saudável I

Em primeiro lugar quero começar esta semana por agradecer a todas as pessoas que na última semana me enviaram email em resposta ao último artigo do blog: “ Como saber que estou no caminho certo?”. Este blog existe há mais de 4 anos e tem como propósito ajudar cada pessoa a sentir e a perceber que não está sozinha, que as suas questões são as questões de muitas pessoas e que quanto mais rapidamente sentimos isso e partilhamos mais rapidamente encontramos a paz em nós.

Uma das pessoas que partilhou a sua história pediu-me também para escrever no blog um texto sobre como terminar relações (sejam amorosas de amizade ou profissionais) de forma saudável. Adorei este tema, porque tem sido um tema que nos últimos anos tenho trabalhado muito em mim.

Considero-me uma pessoa prática, não gosto da indecisão e da falta de acção que por vezes trago para a minha vida e por isso mesmo durante muito tempo sempre que tinha que terminar algo seja uma relação, seja um comportamento fazia-lo da forma mais rápida que fosse possível, da forma que causasse menos dor e que não implicasse eu ter que olhar para trás. Tive este comportamento durante muito tempo na minha vida na área das relações amorosas, profissionais e de amizade. Sempre achei que era uma coisa extremamente boa e orgulhava-me deste comportamento, até começar a sentir em determinados momentos raiva e mágoa pelas pessoas com quem cortava as relações, até começar a sentir que os relacionamentos na minha vida (fosse de que área fosse) tinham um efeito engraçado de parecerem todos iguais.

1. Pistas em como não estava a ter relacionamentos saudáveis: 

Nos meus relacionamentos assumia na maior parte das vezes uma postura de submissão, adaptava-me aos gostos da pessoa e aquilo que ela queria fazer. Deixava de sentir e de saber o que queria e qual era a minha verdade. Acreditava sempre que a pessoa que eu tinha ao meu lado era melhor que eu, então comparava-me com ela diminuindo-me e sentindo que nunca era suficiente. 
Devido a ter uma necessidade enorme de ser aceite não colocava limites e por consequência raramente dizia que não. 

Logo assim que sentia um grande nível de dor, passando mesmo a ser sofrimento, como não tinha a coragem de assumir a minha autenticidade para com a pessoa, aquilo que eu fazia o mais rapidamente possível era fechar a porta. 

2. Pistas em como não estava em paz: 

Nós sentimos e sabemos quando não estamos em paz, podemos fugir, podemos contornar, mas sabemos. A nossa fuga ao silêncio é um primeiro sinal, a nossa fuga a estarmos sozinhos é um outro sinal, a nossa fuga a falar de questões mais profundas também é um sinal, repetir constantemente que estamos óptimos quando estamos não vai resolver garanto-te :) 

3. Pistas do que tenho que trabalhar nos relacionamentos: 

No meu caso quando eu fechava a porta era para não resolver questões que eu tinha dentro de mim, por isso no meu caso existiam várias coisas a trabalhar, como por exemplo: 

a) Aprender a dizer que não. 
b) Aprender a impor limites. 
c) Identificar o que gosto de fazer e o que me trás prazer e fazer. 
d) Valorizar-me enquanto pessoa. 

Isto só para começar :) 



4. Pistas de como terminar uma relação de forma saudável: 

O mais difícil para mim não era o terminar as relações, o mais difícil para mim era trabalhar as questões que estão em cima enquanto estava nas relações. O mais difícil era aprender a dizer que não, o mais difícil era colocar limites, o mais difícil era manter-me fiel à minha autenticidade, o mais difícil era valorizar-me. 

Comecei a fazê-lo, devagarinho ao meu ritmo e comecei aprender algo que é terminar em amor, o que para mim significa terminar de forma saudável. Esta tema vai continuar no próximo post do blog, para já partilha comigo como são para ti os relacionamentos e quais são os padrões que atrais para a tua vida. 

Durante o mês de Julho vou estar ajudar pessoas a contruirem relações mais saudáveis, em consultas presenciais ou via skipe, entra em contacto comigo para ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777. 

Tem uma excelente semana de relações saudáveis. 

Lígia Silva,  


                                       


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Como saber que estou no caminho certo?

Nas consultas muitas vezes as pessoas perguntam-me como podemos saber se estamos no caminho certo, ou como podemos descobrir se estamos no nosso caminho. 

Por isso o texto de hoje é para te ajudar ou dar-te pistas para tu descobrires se estás ou não no teu caminho ou se estamos no caminho "certo". 

Procuramos certeza interna nas várias coisas que fazemos diariamente, seja através da meditação, seja através de perguntar aos outros, seja através de cursos ou de consultas, seja através de livros, recorremos diariamente a ferramentas a maior parte delas no nosso exterior para conseguirmos algo que é, acalmar o ruído que vai cá dentro e conseguirmos ouvir a nossa voz interna, ouvir essa voz que nos diz o que está certo ou errado, ouvir essa voz que nos diz que estamos no caminho certo, no nosso caminho, porque isso de alguma forma ajuda-nos a termos um sentimento de paz interior e isso é totalmente válido, acho que o grande "truque" passa por a cada dia que passa conseguirmos cada vez mais utilizarmos as nossas ferramentas internas e deixarmos as externas, mas isso é um processo, processo esse que gostamos de dizer que só pertence aos iluminados, mas será mesmo assim? 


Então hoje deixo-te aqui algumas dicas que te vão ajudar a teres a tua certeza interna, a tua segurança: 



1. Questiona: 

Diariamente somos bombardeados com tanta informação sobre como devemos ou não funcionar, sobre o que devemos ou não fazer que no meio de tanta informação deixamos de ser autênticos e passamos a agir perante aquilo que nos dizem. Uma das coisas que mais adoro nas consultas é que me permite ajudar a pessoa consoante as necessidades que ela tem no momento, de uma forma personalizada. Para mim funciona acordar de manhã às 06h00 da manhã e iniciar o meu dia desta forma, não significa que funcione para as outras pessoas, aliás existem momentos da minha vida em que para mim própria isto não funciona. Por isso questiona o que te dizem, questiona o que eu te digo e experimenta a tua forma e vai adaptando essa tua forma. 

2. Red alert 

Existe dentro de mim algo a que eu chamo red alert, quando estou mais triste ou mais ansiosa esta sirene actua dentro da minha cabeça e dá-me o sinal de que algo se passa, ou porque estou a sentir demasiado medo ou porque estou demasiado ansiosa, ou porque estou a pedir demasiada atenção ou validação, ou porque estou a comer de forma não saudável, são sinais que vou tendo de que existe que algo que estou a fazer que não me está a deixar bem comigo, que me está a deixar desconfortável, descobre o que é e altera. Se aquilo que fazes diariamente te deixa infeliz ou mais triste, se te faz desacreditar de ti, provavelmente é porque estás num caminho que não te potencie e que não te deixe mais próximo do teu potencial. 

3. Sincronicidades: 

Este é o momento esotérico do dia. :) 
Existe quem lhe chame sinais eu chamo-lhe sincronicidades, para mim funcionam como uma validação de que estou no meu caminho, de que aquilo que estou a fazer tem como propósito servir um bem maior, são coisas simples a que apenas eu dou atenção, Exemplos:  as pessoas simpáticas e fofinhas que vou apanhando ao longo do meu dia, o bolo de chocolate que tanto gosto e que tinha uma última fatia :), conseguir ouvir os pássaros a chilrear no meio de Lisboa, rir à gargalhada com um cliente, ser referenciada pelos meus clientes. Para mim são os meus sinais que me fazem ganhar a minha certeza interna e que me validam nos momentos menos bons. Encontra os teus ou então pede ajuda para encontrares os teus. 

A certeza de que estamos a percorrer o nosso caminho é um dos maiores ganhos de confiança que podemos ter. 

Durante o mês de Julho vou estar ajudar pessoas presencialmente e via skipe a encontrarem os seus caminhos. Se queres marcar a tua consulta envia email para ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777. 

E hoje desejo de coração que estejas mais consciente no teu caminho, em amor. 

Lígia Silva. 



terça-feira, 7 de julho de 2015

Qual o meu Padrão nos Relacionamentos III

Na semana passada iniciei um conjunto de três textos que nos ajudam a descobrir qual o comportamento que cada um de nós tem nos seus relacionamentos, principalmente na parte dos relacionamentos amorosos que é a área da nossa vida onde normalmente sentimos um maior “descontrole”, a área onde normalmente vem ao de cima o nosso melhor e também o nosso pior, tal como a pessoa com quem estamos. O feedback dos últimos textos tem sido muito interessante e por isso quero agradecer a todas as pessoas que entraram em contacto comigo e que me deram o seu feedback e que acima de tudo tiveram a coragem de partilhar o que estava acontecer nos seus relacionamentos.


Por isso hoje como prometido vamos estar a falar da terceira variável que nos pode ajudar a perceber qual é o nosso comportamento, padrão, dentro de um relacionamento e acima de tudo como o podermos quebrar. 



3. Dar e Receber: 

Durante as minhas sessões por vezes coloco as seguintes questões: 

" Como é que te sentes quando te dão um elogio?", " Como é que te sentes quando te dão algo?" 
" Sentes-te mais confortável em dar ou em receber?" 

A maior parte das pessoas não se sente confortável em receber aliás muito pelo contrário sente-se desconfortável em receber, se tens dúvidas pensa no seguinte: 

a) Quando é que foi a última vez que tiraste tempo para ti, só para ti e sentiste que estavas completamente confortável com isso, sem culpas?

b) Quanto tempo por dia é que investes em receber, em estar contigo? 

Quando respondi pela primeira vez a estas questões percebi que raramente tirava tempo de qualidade para mim. Relativamente à segunda questão um dia fiz as contas, diariamente quanto tempo invisto do meu dia a trabalhar para os outros e quanto tempo do meu dia invisto em mim? Posso dizer-te que na altura que a resposta foi 10 horas versus 10 minutos. 

Ora se eu não me sinto confortável em receber, como posso eu ter uma relação e esperar que a outra pessoa dê, obviamente que o mais fácil para mim vai ser dar até estar completamente vazia. 

O mesmo acontece com o receber: 

Como te sentes no teu dia-a-dia normalmente estás à espera, sentindo que as pessoas não te elogiaram o suficiente, ou que não fizeram por ti o suficiente, ou estás simplesmente aguardar que a validação venha do exterior, das pessoas à tua volta? 

Durante anos cada passo que eu tinha que dar tinha que ser validado por determinadas pessoas, caso essa validação não acontecesse na medida que eu queria e da forma que eu queria eu simplesmente não dava esses passos ou não me validava enquanto pessoa. 

Logo como posso eu estar numa relação de forma saudável se estou sempre à espera que a outra pessoa dê? Quando não invisto e estou apenas à espera que o outro dê primeiro. 

Deixa no blog o teu feedback ou então envia para o email ligiasantosilva@gmail.com indica-me em que ponto é que tu estás da tua relação e quais são os padrões que tu acreditas que tens. 

Durante o mês de Julho vou estar ajudar pessoas a desbloquearam os seus padrões e a obterem clareza para as suas, presencialmente ou via skipe, para marcares a tua consulta entra em contacto com ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777. 

E desde já desejo que neste inicio de semestre que obtenhas para ti relações mais saudáveis e mais felizes. 

Lígia Silva. 



segunda-feira, 6 de julho de 2015

Qual o meu padrão nos relacionamentos – II

Em primeiro quero agradecer às pessoas pelas partilhas e pelos emails que fui recebendo desde o último post, acredito que a melhor forma de começarmos a resolver algo é pela partilha e várias pessoas já deram este passo.  

Há 8 anos, mais ou menos por esta altura, estava a terminar uma relação que tive não saudável que durou muito mais do que deveria (ou não), sentia-me completamente esgotada e sinceramente muito desacreditada do amor e da possibilidade de encontrar alguém para mim que simplesmente quisesse estar comigo e amar-me. Tinha terminado mais uma relação em que a pessoa não estava disponível para uma relação, olhando para trás já o sabia desde o primeiro momento, mas tinha um medo enorme de ficar sozinha, olhando para trás repeti este padrão muitas vezes.

Tal como te disse no post anterior ao longo da nossa vida vamos encontrando pessoas que não estão disponíveis para terem uma relação connosco, sendo que “disponível” nem sempre significa que têm outra pessoa, mas sim que não estão disponíveis emocionalmente para nós ou para a relação.



Antes de começar a escrever o segundo ponto para quebrar um padrão nos relacionamentos, quero dizer que esta área é uma área muito sensível e por isso mesmo cada caso é um caso, peço-te que leias as dicas e que sintas se estão relacionadas contigo, não existem fórmulas únicas e absolutas e ninguém detém o poder de decisão na tua vida a não seres tu.


Acredito que depende de cada um de nós o quebrar desses padrões, a resposta está sempre cá dentro basta fazer as perguntas certas. Então aqui vai a segunda dica: 

2. Sacrifício é diferente de Disponibilidade: 

 Por vezes sentimos tanta necessidade de sermos amados que simplesmente damos de forma totalmente incondicional, sem limites. Fazemos uma doação de quem somos ao outro. Adaptamo-nos de tal forma ao outro que transformas o que gostamos, o que somos e o que nos dá prazer naquilo que o outro poderá gostar apenas com um propósito, a vontade de sermos amados, a vontade de agradar.

Quando damos desta forma, quase compulsivamente sacrificamos as nossas necessidades em prol das necessidades da outra pessoa e quando temos este comportamento acabamos por nos sacrificarmos. Utilizamos este comportamento para fazer compensar a nossa falta de auto-confiança e de auto-estima. De forma totalmente inconsciente acreditamos que se dermos desta forma acabaremos por receber, quando não recebemos desta forma (porque é quase impossível J) acabamos por sentir aproveitamento e desilusão.

Na maior parte da vezes a pessoa com quem estamos magoa-nos e quebra a nossa confiança, contudo esse magoar vem apenas com um propósito o ajudar-nos a colocar os nossos próprios limites e a dar de uma forma saudável.

Por isso como quebrar isto?

a) Identifica se tens este padrão do agradar (atenção que normalmente não acontece apenas nos relacionamentos amorosos, mas sim nas outras áreas da minha vida).

b) Identifica como tu quebras os teus próprios limites.

c) Identifica o momento em que poderias ter dito que não ou simplesmente ter feito diferente.

d) Partilha. O que costumamos fazer é guardar para nós aquilo que sentimos e os padrões que temos na nossa vida, por vergonha ou por acharmos que somos os únicos a sentir isto. Acredita que não e partilha podes colocar na caixa de comentários em baixo ou então enviar-me email para ligiasantosilva@gmail.com. 

Está atento à terceira dica que vai sair ainda esta semana, faz o teu registo no blog (canto superior direito) para receberes todos os post. 

Durante o mês de Julho vou estar ajudar pessoas a identificarem estes padrões nas suas vidas e a quebrarem. Marca a tua consulta presencial ou via skipe através do 935 333 777 ou ligiasantosilva@gmail.com


Tem uma excelente semana :) 

Lígia Silva. 



quinta-feira, 2 de julho de 2015

Qual o meu padrão nos relacionamentos?

Ao longo da nossa vida vamos encontrando pessoas que não estão disponíveis para uma relação. O indisponível aqui não significa apenas que esteja numa relação, mas também que essa pessoa não está disponível emocionalmente para uma relação. Em determinados momentos estas pessoas “indisponíveis” tornam-se um padrão na nossa vida, o que nos leva a um sentimento de tristeza e de frustração e nos fazem acreditar que não temos sorte no amor ou que uma relação saudável não é para nós.




Por muito que possa doer, por muito que custe a verdade é que o quebrar deste padrão está dentro de nós e depende também ele unicamente de nós. Por isso hoje vou deixar-te aqui o primeiro de três pontos que te podem ajudar a perceber esse padrão e a dar o primeiro passo para o quebrares, faz o teu registo no blog para seres logo das primeiras pessoas a receberes os seguintes pontos. Hoje ficamos com o primeiro: 

1. Qual é o meu grau de disponibilidade para o outro: 

Podemos avaliar o nosso grau de disponibilidade em duas realidades, na primeira realidade eu não estou disponível. Sonho e idealizo, faço planos com a pessoa que tenho ao meu lado, mas internamente devido ao medo que sinto em me magoar eu escolho estar disponível q.b., isto é, apenas quando o outro me der provas suficientes é que eu me entrego. A verdade é que provavelmente ele nunca me vai dar as provas que eu quero, porque nunca vão ser suficientes e ele próprio pode estar à espera que eu faça o mesmo. 

Numa outra realidade eu estou longe da minha autenticidade e então adapto-me aquilo que eu acho que a outra pessoa pode querer, sou mais ou menos simpática, sou mais ou menos altruísta, sou mais ou menos divertida, escolho fazer actividades que ele gosta e deixo de conhecer o que gosto de fazer, o que me preenche, distancio-me da minha essência e dou sem limites. Ora se me adapto ao outro passado algum tempo começo a sentir-me frustrada e desalinhada e em algum momento vou ter que deixar cair a máscara. 

Então qual é o grau certo de disponibilidade? 

O grau em que eu estou mais próximo da minha autenticidade, o grau em que eu estou mais próximo da minha verdade e da minha essência, para nós mulheres muitas vezes isso implica deixarmos cair a muralha que temos à nossa volta e deixarmos que cuidem de nós. 

Deixa aqui um comentário sobre o que são para ti os relacionamentos e se alguma vez já passaste por uma situação destas. 

Durante o mês de Julho vou estar ajudar pessoas a libertarem-se dos seus padrões. Marca a tua consulta em ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777. 

Ate já! 

Lígia Silva,