segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Quando me torno outra pessoa.

Muito obrigada a todas as pessoas que me enviaram temas que gostariam de ver explorados no BLOG.
Esta semana começo com um que acho muito interessante:

“ Olá Lígia,
Sinto-me a copiar cada vez mais uma pessoa que é uma referência para mim …”

Todos nós temos referências na nossa vida, pessoas que nos inspiram, pessoas que por aquilo que atingiram ou por aquilo que são nós consideramos que são pessoas muito válidas. A questão é quando colocamos essas pessoas em patamares, em que nós provavelmente estamos num patamar abaixo dessas pessoas.  

Dos hábitos mais difíceis que tive que trabalhar em mim, foi o hábito de comparação. A comparação retira-nos parte da nossa alma e da nossa autenticidade, acredito mesmo que é um dos hábitos mais auto destrutivos que podemos ter. Explico-te porquê:

Utilizamos a comparação em tudo, em primeiro começamos por colocar as pessoas em escadas. Existem pessoas que pelo nosso julgamento estão “acima” de nós e existem pessoas que pelo nosso julgamento estão “abaixo” de nós.

Em segundo independentemente do que fazemos nunca nada é suficiente, porque existiu alguém que fez melhor, ou que fez de uma outra forma, num outro tempo. Em terceiro raramente valorizamos as nossas conquistas, porque esperamos sempre mais e mais.

Em quarto na maior parte das vezes nem estamos a seguir verdadeiramente aquilo que queremos para nós, mas sim aquilo que achamos é o certo ou o que essas referências fariam.
Por isso, para deixarmos de ser cópias de outra pessoa é importante termos em atenção as seguintes dicas:


1. Descobre-te:
Na maior parte das vezes nem sabemos verdadeiramente do que gostamos ou o que queremos para nós no futuro. Descobre um pouco mais sobre ti, sobre como funcionas, qual a base das tuas escolhas, o que te preenche, quais são os teus verdadeiros objectivos.

2. Confiança:
Utilizamos a comparação na nossa vida por uma questão simples, pelo nível de auto-estima que temos por nós. Se sentimos a necessidade de tentarmos ser algo que não somos é porque o nosso nível autoconfiança está muito abaixo do que verdadeiramente poderia estar.

3. Reconhecimento:
Grande parte da minha vida movi-me atrás do reconhecimento das pessoas que tinha à minha volta, garanto-te uma coisa: “ ELE NUNCA VAI SER SUFICIENTE”, vais sentir sempre um vazio. Porque não é desse reconhecimento que precisas, mas sim do teu reconhecimento interno. Por isso trabalha a tua valorização interna e encontra quem tu és, largando as cópias.

Durante o mês de Setembro vou estar ajudar pessoas a encontrarem verdadeiramente a sua essência, o que as preenche e quais os seus objectivos, de forma presencial ou via skype. Marca a tua consulta através do 935 333 777 ou ligiasantosilva@gmail.com

Questões que tenhas ou temas que queiras ver explorados no blog, envia email para ligiasantosilva@gmail.com

Um beijo enorme e uma excelente semana.

Lígia Silva. 

terça-feira, 25 de agosto de 2015

7 não verdades sobre a descoberta da nossa vocação.

Vivemos um momento em que cada vez mais estamos a sentir a necessidade de comunicar quem somos, estamos a sentir a necessidade de expressarmos os nossos dons, a nossa vocação. Durante muito tempo carreguei determinados pressupostos, mitos, de como funciona a vocação de cada um, de como funciona os dons de cada um, pressupostos esses que atrasaram a descoberta daquilo que me preenche, por isso hoje deixo-te aqui alguns destes pressupostos, clichés ou mitos, que te vão ajudar, acredito eu, a simplificar o teu caminho para descobrires aquilo que te preenche, a tua vocação:


  1. É necessário esperar que a nossa vocação se revele: 

 A maior parte de nós associa que a sua vocação é como um chamamento. Algo que vem de fora de nós. A vocação é algo que já existe dentro de nós, esperar que ela simplesmente se revele por puro acaso pode ser um investimento de tempo desnecessário. A nossa vocação, os nossos dons ou a nossa missão, o que lhe quisermos chamar, é algo que se descobre e é algo que se trabalha. 

    2. Só existe uma profissão certa para cada um: 

Antes isto poderia ser verdade, gerações anteriores escolhiam uma profissão e viviam essa profissão durante cerca de 20 ou 30 anos. Neste momento existem estudos que prevêem que os jovens da geração Y poderão passar por 14 ocupações profissionais diferentes. 

Cada área profissional que nós frequentamos ajuda-nos a retirar pequenos dons, por isso é que tudo aquilo que fazemos na nossa vida é importante, porque nos ajuda a salientar os nossos dons.  

3. Devemos continuar a estudar até descobrirmos a nossa vocação: 

Quando terminei a minha licenciatura, sentia que ainda não estava preparada para ir para o mercado de trabalho para exercer o que tinha estudado, estava insegura e com medo, então decidi iniciar o mestrado. A maior parte de nós inicia e inicia cursos apenas para ganhar conhecimento. Claramente ficamos com uma mochila cheia de ferramentas, mas a questão continua lá, independentemente dos cursos que tiramos não significa que vamos descobrir a nossa vocação. 

4. Existe quem não tenha vocação para nada: 

Durante muito tempo acreditei que não tinha vocação para nada, apenas porque não me conseguia preencher ou realizar dentro daquilo que já existia. Se por acaso também sentes isto, fica tranquilo, não significa que não tens vocação, apenas significa que precisas de ajuda para encontrar essa vocação. 

5. Com o tempo e pela repetição uma profissão acaba por se tornar uma vocação: 

Adoraria poder dizer-te que sim, mas a verdade é que apesar de repetirmos algo durante anos e até nos tornarmos bons nisso, não significa que isso seja algo que nos preencha, apenas significa que nos acostumamos a fazer algo. O sentimento de realização é diferente. 

6. Posso não ganhar dinheiro com a minha vocação. 

Verdade, mas também podes ganhar dinheiro. A maior parte das pessoas com quem trabalho tem esta questão dentro de si. Acredita verdadeiramente que não pode ganhar dinheiro com aquilo que gosta de fazer, mesmo ainda não sabendo aquilo que gosta de fazer, então coloca-se logo um entrave ainda antes da pessoa descobrir a sua vocação. Primeiro descobre, depois crias o caminho para ganhares dinheiro com aquilo que gostas de fazer. 

7. Quando descobrir a minha vocação, tenho que alterar toda a minha vida. 

Durante muito tempo acreditei que para viver aquilo que me preenchia tinha que alterar completamente a minha vida e foi isso que fiz. Já não acredito nisto, acredito que é possível fazermos as coisas com consistência e com estrutura, afinal vivemos numa sociedade ocidental em que todos nós necessitamos de estabilidade. Por isso podes descobrir aquilo que te preenche e para isso não precisas de recomeçar a tua vida, de uma forma totalmente diferente. 


Posso ajudar-te a descobrires a tua vocação, para isso basta marcares a tua consulta presencial ou via skype, para o 935 333 777 ou ligiasantosilva@gmail.com

Um beijo enorme e ate já! 

Lígia Silva, 
www.ligiasilva.pt







quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Pessoas Tóxicas I

Quantos de nós encontramos diariamente pessoas que consideramos que são tóxicas, pessoas que não têm uma boa energia, quantos de nós já colocaram esse rótulo. Eu já. Quantos de nós já nos tornamos essas pessoas, pessoas que estão mais focadas em falar do outro e em ficar feliz com a sua infelicidade do que com a sua felicidade. Eu já. Quantos de nós já nos afastamos de pessoas por acharmos que elas não têm uma boa energia. Eu já.



A verdade, acredito eu, é que todos temos momentos em que estamos “menos apetecíveis para consumo alheio”. Existem pessoas que ficaram neste estado demasiado tempo e por isso mesmo não conhecem outra forma de viverem o seu dia-a-dia. Como diz uma marca conhecida a linha é muito ténue entre viveres num estado ou noutro, acredito que depende diariamente de uma escolha.
Hoje deixo-te uma dica que te pode ajudar a lidares com esta questão, se tiveres apenas em atenção esta dica garanto-te que a tua qualidade de vida vai melhorar consideravelmente.

1.       Protege a tua energia:

A nossa energia vital é das coisas mais maravilhosas que nós temos, contudo a maior parte das pessoas que chega às minhas consultas tem as suas defesas completamente em baixo e por consequência a sua energia vital está dado como desaparecida.

Nós precisamos da nossa energia para tudo, para concretizarmos tudo na nossa vida, logo se eu não cuido dela, provavelmente vou ficar sem ela.

Há uns meses atrás dei por mim completamente esgotada em termos energéticos. E isso era algo que acontecia recorrentemente, quando entrava neste estado sentia que as coisas na minha vida não fluíam, produzia esforço e as coisas demoravam para acontecer. Percebi que estava em falta com a minha energia, fiz as contas e diariamente passava mais horas a dar e apenas alguns minutos a receber, vou apresentar-te o meu exemplo:

Dar:
- Escrita;
- Realizar consultas;
- Falar ao telefone;
- Trocar sms;
- Responder a Emails;
- Cumprir tarefas;
- etc,

Receber:
- Meditação.

Este era o meu caso, a relação estava completamente alterada, dava muito e investia muito pouco em mim, ora se tudo na minha vida flui consoante a vibração e a energia com que eu estou (acredito eu). Onde é que eu estava a investir na minha energia?

Faz a tua relação:

Como é que repões a tua energia?

Como é que recebes?

Como é que te equilibras diariamente?

Porque já sabes se não o fazes provavelmente vais ter que te alimentar da energia das outras pessoas J e isso já sabemos o que nos faz ser: “ Pessoas menos apetecíveis para consumo alheio”.


Ate já! 


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Qual o peso que carregas?

O mês de Agosto é para mim um mês de recuperar energias, de reequilibrar e também de uma certa introspecção, é um mês em que consigo mais facilmente quebrar as minhas rotinas e não ter horários. Os primeiros 15 dias do mês serviram para isso mesmo, agora é tempo de devagarinho voltar às rotinas diárias, voltar às consultas, voltar à escrita e voltar a novos projectos J (coisas boas estão a caminho).

Daquilo que tenho sentido na minha vida e na vida das várias pessoas com quem falei o mês de Agosto tem sido um mês de grande transformação interna, uma transformação que por vezes nos tira o tapete e abala as nossas certezas, uma transformação que nos ajuda abrir o coração e apreciar as coisas boas da nossa vida, uma transformação que nos ajuda a reconhecer o nosso valor, uma transformação que nos abre feridas que achávamos que estavam curadas, uma transformação que nos ajuda a nos sentirmos perdidos e sem certezas, uma transformação que nos ajuda a questionar cada área da nossa vida.



Se estás a sentir alguns destes efeitos bem-vindo a bordo, acredito do fundo do coração que é um processo bom que nos ajuda a transmutar aquilo que já não nos interessa, carregamos na nossa mochila pessoas, eventos, palavras, emoções que já não nos servem, que nos bloqueia o momento presente e que retira a fluidez da nossa vida. Por isso hoje deixo-te aqui uma dica simples que te pode ajudar a sentires maior leveza na tua vida e a libertares essa mochila.

Tira 2 minutos do teu dia em que possas estar em silêncio, só contigo, leva contigo uma folha em branco e uma caneta ou lápis. Nesse local senta-te da forma mais confortável que for para ti, fecha os olhos, inspira profundamente e expira profundamente, repete 6 vezes, enquanto estás a respirar imagina quo teu coração a expandir-se e abrir.

Pega na folha e na caneta e escreve:

1.       Que eventos posso largar para entrar fluidez e leveza na minha vida?
2.       Que palavras posso largar para entrar fluidez e leveza na minha vida?
3.       Que pessoas posso largar para entrar fluidez e leveza na minha vida?
4.       Que emoções posso largar para entrar fluidez e leveza na minha vida?

Escreve as primeiras respostas. Se sentires que em alguma pergunta não consegues responder, respira novamente. No final de cada uma destas respostas faz a seguinte pergunta:

“ O que tenho que fazer agora para isto acontecer?”

Se sentires partilha comigo as tuas respostas para te ajudar, envia email para ligiasantosilva@gmail.com

Após teres cada um das respostas, faz cada uma das coisas, uma em cada dia.
A resposta mais difícil de ser dada pode ser a terceira pergunta, por vezes não é tanto largar as pessoas, mas sim aquilo que essas pessoas nos fazem sentir ou o poder que têm sobre nós. Contudo é das perguntas mais importantes.

Este é um exercício que faço muitas vezes e que comigo resulta, podes escolher ou não experimentar, fica aqui a dica, utiliza como sentires J

Um beijo enorme.

Lígia Silva. 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Qual a base das nossas relações?

Com pé na piscina e o resto do corpo fora para conseguir aquele tom amarelado (diferente do branco que normalmente tenho) falava-se do que seriam feitas as relações duradouras, do que seriam feitas aquelas relações que por vezes invejamos (inveja saudável) e que questionamos o porquê de não as termos. Falava-se dos clichés que as envolvia e a forma como deveriam ou não ser perante aquilo que era definido como certo, até que alguém disse: “ Se calhar as relações saudáveis e duradouras são simplesmente aquelas que não seguem nenhum rótulo, nenhum cliché.”

Concordei e fiquei com esta dentro de mim.

Se partirmos do pressuposto que as várias realidades que temos na nossa vida se devem aquilo em que acreditamos, às nossas verdades absolutas, então podemos também partir do pressuposto que as relações que temos têm por base essas crenças, ou essas verdades absolutas?
Se me tivessem dito isto há uns 8 anos atrás teria dito a essa pessoa para por favor levar essa conversa para outro lado. A verdade é que quem neste momento estiver a viver um relacionamento saudável provavelmente vai dizer que sim e provavelmente quem estiver a viver um conjunto de relacionamentos não saudáveis vai mandar-me dar uma volta (tudo bem J)

Mas apenas por um momento coloca-te esta questão e se verdadeiramente a qualidade das relações que temos na nossa vida dependem directamente daquilo em que acreditamos, das nossas verdades absolutas?

E se começando apenas a questionar aquilo em que acreditamos tudo altera?



Exemplo:

Imagina que estás com uma pessoa numa relação e achas que por estarem juntos há algum tempo ele tem que ter um determinado comportamento ou a vossa relação tem que assumir um outro nível, provavelmente começas a ficar frustrada porque não está acontecer consoante querias e mais tarde provavelmente começas a questionar a relação, mas e se aquilo que tu queres para a tua relação é apenas aquilo que está definido na sociedade como certo.

E se as nossas crenças mudassem em relação aos relacionamentos e se em vez de termos um plano ou uma lista de supermercado de como o comportamento da outra pessoa deveria ser limpássemos a lista e colocássemos outros tópicos, outros itens.

Sei que aquilo que quero para mim é uma relação em que eu possa ser eu própria, mais autêntica, não para sempre, nem para daqui a 5 anos, agora.

Sei que são muitos: “ E se” mas a verdade é que começando a colocar estes: “ E se” a nossa vida altera por completo, falo por mim claro.

Um beijo enorme e uma excelente semana.


Ligia Silva.