segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Quando fugimos!

Existem momentos que devido à sua intensidade, parece que aconteceram há muito, muito tempo atrás, são aqueles momentos que por alguma razão, escolhemos não pensar mais, são aqueles momentos que cada vez que pensamos neles, sentimos uma dor no estômago... 

Este fim-de-semana "passei" por um desses momentos. 

" Já vivi nesta Rua, quando vim do Porto.", disse-lhe. 

Não gosto de me lembrar dessa altura." 


A pessoa ao meu lado disse-me: 

" Não sei porquê, estás a esquecer a conquista que fizeste nessa altura." 




Sabes aqueles momentos em que nos sentimos super pequeninos, do tamanho de uma formiga. Era assim que eu me sentia, nessa altura. Sentia que o meu tamanho normal (1,58), tinha passado rapidamente para uns escassos 30 cm. Estava em estado reactivo, reagia aquilo que me ia acontecendo. Vivia em estado de medo e de sobrevivência. A noite era a pior altura, era a altura em que a ansiedade me visitava e que sem saber na altura, tinha ataques de pânico. 

Estava perdida, sentia-me incrivelmente sozinha e com um medo enorme que tudo desse errado. 

Passaram cerca de 7, 8 anos, desde essa altura. Este fim-de-semana escolhi enfrentar alguns desses momentos, algumas dessas emoções que achava que estava "arrumadas". 

E hoje deixo aqui algumas apreendizagens: 

  • O universo, deus, o que lhe quiseres chamar, protege os que escolhem arriscar; 
  • A tua maior ferramenta é o ganho de clareza; 
  • O teu maior impedimento é a tua necessidade de controlar; 
  • A vida é simples. 
  • A paz no silêncio é a maior conquista que podes ter; 
  • A ansiedade desaparece com o ganho de confiança interna; 
  • És verdadeiramente muito maior do que algum dia poderias imaginar. 
Quando mais escolhemos fugir de algo, mais intenso ele se torna. Sejam momentos, sejam pessoas, sejam situações. Quando enfrentas, sem sofrimento, apenas olhas nos olhos daquilo que foges, ganhas um dimensão que não imaginavas ser possível teres, ganhas vida, ganhas luz. 

Para este inicio de semana, deixo-te duas questões, que se quiseres experimentar podem ajudar-te: 

1. Do que escolhes fugir ou recusas lembrar? Qual a emoção da qual foges? 
2. Enfrentando essa dor, o que podes ganhar? 

Se sentires que te posso ajudar, agenda a tua consulta através do 935 333 777 ou ligiasantosilva@gmail.com 

Um beijo enorme e até já! 
Lígia Silva. 
www.ligiasilva.pt





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