segunda-feira, 6 de julho de 2015

Qual o meu padrão nos relacionamentos – II

Em primeiro quero agradecer às pessoas pelas partilhas e pelos emails que fui recebendo desde o último post, acredito que a melhor forma de começarmos a resolver algo é pela partilha e várias pessoas já deram este passo.  

Há 8 anos, mais ou menos por esta altura, estava a terminar uma relação que tive não saudável que durou muito mais do que deveria (ou não), sentia-me completamente esgotada e sinceramente muito desacreditada do amor e da possibilidade de encontrar alguém para mim que simplesmente quisesse estar comigo e amar-me. Tinha terminado mais uma relação em que a pessoa não estava disponível para uma relação, olhando para trás já o sabia desde o primeiro momento, mas tinha um medo enorme de ficar sozinha, olhando para trás repeti este padrão muitas vezes.

Tal como te disse no post anterior ao longo da nossa vida vamos encontrando pessoas que não estão disponíveis para terem uma relação connosco, sendo que “disponível” nem sempre significa que têm outra pessoa, mas sim que não estão disponíveis emocionalmente para nós ou para a relação.



Antes de começar a escrever o segundo ponto para quebrar um padrão nos relacionamentos, quero dizer que esta área é uma área muito sensível e por isso mesmo cada caso é um caso, peço-te que leias as dicas e que sintas se estão relacionadas contigo, não existem fórmulas únicas e absolutas e ninguém detém o poder de decisão na tua vida a não seres tu.


Acredito que depende de cada um de nós o quebrar desses padrões, a resposta está sempre cá dentro basta fazer as perguntas certas. Então aqui vai a segunda dica: 

2. Sacrifício é diferente de Disponibilidade: 

 Por vezes sentimos tanta necessidade de sermos amados que simplesmente damos de forma totalmente incondicional, sem limites. Fazemos uma doação de quem somos ao outro. Adaptamo-nos de tal forma ao outro que transformas o que gostamos, o que somos e o que nos dá prazer naquilo que o outro poderá gostar apenas com um propósito, a vontade de sermos amados, a vontade de agradar.

Quando damos desta forma, quase compulsivamente sacrificamos as nossas necessidades em prol das necessidades da outra pessoa e quando temos este comportamento acabamos por nos sacrificarmos. Utilizamos este comportamento para fazer compensar a nossa falta de auto-confiança e de auto-estima. De forma totalmente inconsciente acreditamos que se dermos desta forma acabaremos por receber, quando não recebemos desta forma (porque é quase impossível J) acabamos por sentir aproveitamento e desilusão.

Na maior parte da vezes a pessoa com quem estamos magoa-nos e quebra a nossa confiança, contudo esse magoar vem apenas com um propósito o ajudar-nos a colocar os nossos próprios limites e a dar de uma forma saudável.

Por isso como quebrar isto?

a) Identifica se tens este padrão do agradar (atenção que normalmente não acontece apenas nos relacionamentos amorosos, mas sim nas outras áreas da minha vida).

b) Identifica como tu quebras os teus próprios limites.

c) Identifica o momento em que poderias ter dito que não ou simplesmente ter feito diferente.

d) Partilha. O que costumamos fazer é guardar para nós aquilo que sentimos e os padrões que temos na nossa vida, por vergonha ou por acharmos que somos os únicos a sentir isto. Acredita que não e partilha podes colocar na caixa de comentários em baixo ou então enviar-me email para ligiasantosilva@gmail.com. 

Está atento à terceira dica que vai sair ainda esta semana, faz o teu registo no blog (canto superior direito) para receberes todos os post. 

Durante o mês de Julho vou estar ajudar pessoas a identificarem estes padrões nas suas vidas e a quebrarem. Marca a tua consulta presencial ou via skipe através do 935 333 777 ou ligiasantosilva@gmail.com


Tem uma excelente semana :) 

Lígia Silva. 



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