Em primeiro lugar quero começar
esta semana por agradecer a todas as pessoas que na última semana me enviaram
email em resposta ao último artigo do blog: “ Como saber que estou no caminho
certo?”. Este blog existe há mais de 4 anos e tem como propósito ajudar cada
pessoa a sentir e a perceber que não está sozinha, que as suas questões são as
questões de muitas pessoas e que quanto mais rapidamente sentimos isso e
partilhamos mais rapidamente encontramos a paz em nós.
Uma das pessoas que partilhou a
sua história pediu-me também para escrever no blog um texto sobre como terminar
relações (sejam amorosas de amizade ou profissionais) de forma saudável. Adorei
este tema, porque tem sido um tema que nos últimos anos tenho trabalhado muito
em mim.
Considero-me uma pessoa prática,
não gosto da indecisão e da falta de acção que por vezes trago para a minha
vida e por isso mesmo durante muito tempo sempre que tinha que terminar algo
seja uma relação, seja um comportamento fazia-lo da forma mais rápida que fosse
possível, da forma que causasse menos dor e que não implicasse eu ter que olhar
para trás. Tive este comportamento durante muito tempo na minha vida na área
das relações amorosas, profissionais e de amizade. Sempre achei que era uma
coisa extremamente boa e orgulhava-me deste comportamento, até começar a sentir
em determinados momentos raiva e mágoa pelas pessoas com quem cortava as relações, até
começar a sentir que os relacionamentos na minha vida (fosse de que área fosse)
tinham um efeito engraçado de parecerem todos iguais.
1. Pistas em como não estava a ter relacionamentos saudáveis:
Nos meus relacionamentos assumia na maior parte das vezes uma postura de submissão, adaptava-me aos gostos da pessoa e aquilo que ela queria fazer. Deixava de sentir e de saber o que queria e qual era a minha verdade. Acreditava sempre que a pessoa que eu tinha ao meu lado era melhor que eu, então comparava-me com ela diminuindo-me e sentindo que nunca era suficiente.
Devido a ter uma necessidade enorme de ser aceite não colocava limites e por consequência raramente dizia que não.
Logo assim que sentia um grande nível de dor, passando mesmo a ser sofrimento, como não tinha a coragem de assumir a minha autenticidade para com a pessoa, aquilo que eu fazia o mais rapidamente possível era fechar a porta.
2. Pistas em como não estava em paz:
Nós sentimos e sabemos quando não estamos em paz, podemos fugir, podemos contornar, mas sabemos. A nossa fuga ao silêncio é um primeiro sinal, a nossa fuga a estarmos sozinhos é um outro sinal, a nossa fuga a falar de questões mais profundas também é um sinal, repetir constantemente que estamos óptimos quando estamos não vai resolver garanto-te :)
3. Pistas do que tenho que trabalhar nos relacionamentos:
No meu caso quando eu fechava a porta era para não resolver questões que eu tinha dentro de mim, por isso no meu caso existiam várias coisas a trabalhar, como por exemplo:
a) Aprender a dizer que não.
b) Aprender a impor limites.
c) Identificar o que gosto de fazer e o que me trás prazer e fazer.
d) Valorizar-me enquanto pessoa.
Isto só para começar :)
4. Pistas de como terminar uma relação de forma saudável:
O mais difícil para mim não era o terminar as relações, o mais difícil para mim era trabalhar as questões que estão em cima enquanto estava nas relações. O mais difícil era aprender a dizer que não, o mais difícil era colocar limites, o mais difícil era manter-me fiel à minha autenticidade, o mais difícil era valorizar-me.
Comecei a fazê-lo, devagarinho ao meu ritmo e comecei aprender algo que é terminar em amor, o que para mim significa terminar de forma saudável. Esta tema vai continuar no próximo post do blog, para já partilha comigo como são para ti os relacionamentos e quais são os padrões que atrais para a tua vida.
Durante o mês de Julho vou estar ajudar pessoas a contruirem relações mais saudáveis, em consultas presenciais ou via skipe, entra em contacto comigo para ligiasantosilva@gmail.com ou 935 333 777.
Tem uma excelente semana de relações saudáveis.
Lígia Silva,
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