Como te disse anteriormente ao
longo desta semana e da próxima vou colocar alguns dos botões que nós por vezes
activamos que em determinados momentos deixam de nos servir por se tornarem um
hábito.
No último post falei no estado de
sobrevivência, que é o estado de estarmos constantemente com medo e do seu
respectivo antídoto que é a vulnerabilidade.
Hoje falo-te de um outro botão:
Botão nº 2: A Ganância
O medo da escassez está na origem
da ganância. É uma palavra bastante forte e a maior parte de nós diria: “ Eu
não sou ganancioso”, mas olhando por vezes para nos nossos comportamentos
quantos de nós não está constantemente em ter mais dinheiro, mais amor, mais
qualquer coisa. Eu sim.
A ganância está aliada ao medo da
escassez, aliada ao medo de não exista amor, dinheiro, ou oportunidades
suficientes para todos, a ganância faz com que ansiemos cada vez por mais. O
medo de ser pobre, o medo de fracassar, o medo de sermos rejeitados faz
disparar a nossa ganância e leva-nos assegurarmos que as nossas necessidades
são preenchidas a todo o custo.
Agora existe aqui uma questão a
ter em atenção, algumas pessoas dizem –me: “ Mas querermos sempre algo mais é bom,
certo?” Sim, a ganância pode ser saudável porque nos leva a sermos mais
ambiciosos, leva-nos a sermos cada vez mais bem-sucedidos, mas a Ganância não
saudável leva-nos a estarmos sempre com “fome” de amor, de dinheiro, de
estatuto, de aprovação, bens materiais ou de poder. A nossa ganância é o que
nos seduz a acreditar na ilusão que a satisfação existe no mundo exterior. A
ganância não saudável leva-nos a consumirmos insaciavelmente mais na tentação
de satisfazer a fome de coisas externas, daí em vários momentos da nossa vida
sentirmos que nunca temos o suficiente, que nunca estamos bem.
Antídoto: Generosidade
Quando a nossa natureza gananciosa
é compensada pela generosidade, assentamos na nossa verdade mais profunda. Enquanto
a ganância nos diz que não há suficiente, a generosidade diz-nos o oposto,
diz-nos que existe abundância de dinheiro, de amor e de sucesso. Quando estamos
em desequilíbrio e estamos desligados do nosso coração agarramo-nos a tudo o
que é exterior. Quando estamos numa relação (amorosa, social, profissional) a
nossa ganância não saudável pergunta: “ O que tens para mim?”, a generosidade
pergunta: “ O que posso fazer por ti?”. Quando equilibramos estas duas partes
sem anular nenhuma das duas somos capazes de pedir o que sentimos que merecemos
e confiar que existe suficiente para todos. Ser generoso com a nossa atenção,
com os nossos talentos, com o nosso dinheiro é uma demonstração da nossa fé de
que há suficiente para toda a gente e nesse estado de fé a nossa taça
transborda. Quando aceitamos que sermos generosos nada tem a ver com o dinheiro
que temos no banco a nossa vida transforma-se.
A generosidade começa na
privacidade do nosso mundo interior, quando somos generosos connosco próprios,
sentimos que somos dignos e apreciados. E quando nos sentimos dignos e
apreciados, atraímos mais daquilo que queremos.
Por isso hoje o desafio que te
lanço é: O que vais fazer para seres generoso contigo?
Sê Inspiração.
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.
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