“Só falta fazer mais isto”, “
Quando terminar isto, então aí descanso”, “ Já não aguento mais, mas tenho que
continuar”.
Durante as férias tive a
oportunidade de ler um artigo em que falava de um termo ao qual apenas
associava aos meios informáticos, segundo a comunidade de psicologia é uma das “patologias”
mais frequentes do século XXI, estamos a falar do conceito de “burnout”. Este
conceito não está ligado à parte emocional ou espiritual, mas sim à parte
profissional de cada pessoa (é interessante a comunidade dividir as partes de
cada um de nós, se calhar reside ai parte do problema, mas esta é apenas a
minha opinião). O conceito de Burnout, significa combustão e foi introduzido em
1974, no E.U.A., por Herbert Freudenberger, significa o estado de exaustão,
fadiga ou frustração provenientes de um uso desgastante de energia e recursos
internos.
Num outro artigo a directora de
uma revista referia o quanto as mulheres são de multitarefas, o quanto estão
constantemente a fazer várias coisas e mais uma vez lá estava o maravilhoso
autocolante, são super mulheres.
Antes de ir de férias estava
dentro desta teia, a teia de fazer várias coisas ao mesmo tempo e valorizar as
pessoas pela quantidade de tarefas que desempenham e pela sua velocidade,
estava na teia do alcançar vários objectivos e ter a constante sensação de
poder fazer mais, de poder ser mais produtiva, mais prática, mais tudo. Estava
dentro da teia de responder mais rapidamente a emails, aos contactos, de chegar
a mais pessoas e ajudar mais pessoas. Toda a verdade a primeira semana de férias
foi uma luta sempre com o pensamento: “deveria estar a fazer alguma coisa”, “deveria
ver o email”, até que finalmente o teu corpo que sabe exactamente do que tu necessitas
no momento ajuda-te a descansares, a dormires e a simplesmente apreciares.
Estamos dentro de teias de fazer
e de sermos sempre mais, de querermos sempre mais e principalmente de
compararmos pessoas, momentos, conquistas. Enquanto continuarmos a separar o
nosso ser da nossa parte profissional ou emocional continuaremos a viver
separados e por consequência continuaremos a viver em desgaste, em esforço.
O artigo do Burnout, refere que
os sintomas são:
·
Exaustão física e mental.
·
Diminuição de rendimento no trabalho.
·
Diminuição do investimento nas relações
interpessoais.
·
Distanciamento das pessoas.
Agora a pergunta para um milhão
de euros J
ok durante as férias até é “simples” sair desta teia, mas como é que faço
quando voltar às rotinas normais:
Cria novas rotinas, cria rotinas
em que tenhas tempo para ti, cria rotinas em que estejas pelo menos 15 minutos
em silêncio. Começa a tua manhã focada em ti a dar-te tempo, durante o teu dia
tira 1 minuto apenas para respirares profundamente, ouve durante o dia uma
música que tenha uma influência positiva em ti. Cria novas rotinas para teres
resultados diferentes. E lembra-te não és uma super Mulher ou super Homem, lembra-te que fazes o melhor que podes com os recursos que tens no momento.
Sê Inspiração,
Ligia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.
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