Ontem vi um episódio da Série do Sexo e a Cidade, foi um daqueles
momentos em que abriste mão de fazer mais alguma coisa produtiva e aproveitaste
mais um momento para rires e simplesmente por momentos desligares. Não sei como
era contigo, mas eu via esta série tinha aí uns 14 ou 15 anos e na altura esta
série fazia me sonhar com o príncipe encantado, dito isto agora parece um
bocado parvo, mas ajudou-me a criar um perfil de pessoa que eu gostaria de ser
e de como eu gostaria que fosse a minha vida. Ontem a mesma pessoa viu esta
série, mas de uma forma completamente diferente.
Todos nós vamos atrás de determinados estereótipos, todos
nós vamos atrás de determinadas vidas que gostaríamos de viver, estaríamos a
mentir se disséssemos o contrário, mas o mais engraçado é que a vida vai-te
ajudando a que tu cada vez estejas mais próximo da tua autenticidade, em que a
cada dia que passa tu possas ser cada vez mais tu e não uma personagem de uma
série.
Não me lembro do momento em que escolhi isso, mas sei que
escolhi, que iria construir uma muralha à minha volta e iria ser fria e dura
com os homens que apareciam na minha vida desta forma poderia sair menos
magoada de uma relação. O engraçado é que a muralha que eu criei apenas
permitiu que afastasse ainda mais as pessoas da minha vida e melhor permitiu
que eu própria me afastasse ainda mais de mim.
A questão é que podes continuar protegida pela muralha e aí
vais apenas sentir que não te estás a magoar tanto quanto poderias, mas no
final também perdeste todos os momentos de prazer e de alegria que poderias ter.
Deixa cair peça a peça, bem devagar, de forma consciente, celebra cada pedra
que cai e permite que esse espaço esteja em aberto.
Sê Inspiração,
Lígia Silva.
Coach, Marketer e Talent Finder.
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