segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O que vou ser quando for grande.

Começas desde pequeno a definir ou condicionado a definir aquilo que queres ser quando fores grande, vais percebendo aquilo que é mais fácil para ti ou mais natural e colocas-te dentro de uma área, por vezes apenas te colocas dentro dessa área para fugires daquilo que menos gostas (olhando hoje para trás fazemos isso muitas vezes na nossa vida), após estares na área em que “supostamente” te sentes mais à vontade começas a procurar a profissão em que te vais focar durante os próximos anos, algures pelo caminho podes ter escolhido essa profissão porque tinha maior saída, porque ganhavas mais ou simplesmente porque era mais fácil na altura imaginar o caminho por ali. Passados alguns anos de estudo começas então a colocar em prática algumas das coisas que aprendeste nos anos anteriores e passado algum tempo começas a dizer que és a tua profissão: “ eu sou…” e verdadeiramente começas a perder-te para a tua profissão porque continuas achar que és aquilo que fazes e quando a profissão corre bem então aí tens uma boa versão de ti mesmo por isso continuas cada vez mais acreditar que tu és a tua profissão, contudo pode acontecer (existe uma pequena hipótese J) de a tua área profissional não correr como tu definiste por qualquer razão não te sentes uma pessoa de sucesso, começas a não gostar daquilo que fazes, ou começas simplesmente a desmotivar e aí nesse momento começas a questionar se realmente tu és a tua profissão e aí nesse momento começas a questionar afinal quem sou eu, do que gosto, o que me preenche e por momentos apenas por momentos (podem durar anos) achas que perdeste todo o teu tempo a estudar para algo que não gostas e a fazer algo que não gostas, mas esse é o momento em que tu ainda não estás a ver o puzzle, esse é o momento em que existe a escuridão antes de veres o clarão, porque depois de deixares de ter pena de ti próprio começas à procura, entras numa corrida desenfreada para responderes à questão: “ Afinal o que me preenche?”, “ Afinal o que me realiza?” e esta caminhada prolonga-se. Entre experiências vais percebendo o que te serve e o que não te serve e algures neste caminho começas a ligar partes do puzzle e percebes que afinal todos os empregos que tiveste ou tudo aquilo que estudaste tinha uma intenção um propósito e aí nesse momento, nesse preciso momento acreditas que já percebeste que como é que o mundo funciona, acreditas que percebes qual vai ser o teu caminho e o que fazer, mas é aí nesse preciso momento, quando achares que já percebeste tudo que deves activar em ti a tua humildade e reconhecer o quanto o teu ego te engana com certezas que não são absolutas. Com a tua humildade agarrada a ti continuas a experimentar, continuas a testar e continuas aprender a cada dia que passa o quando o universo é mágico porque é nestas experiências e neste arriscar constante que vais encontrar a peça mais importante do puzzle, a tua resiliência, o teu acreditar e todo o teu potencial.
 
Tem uma excelente semana com muito arriscar.
Sê Inspiração.
Lígia Silva,
Coach e Talent Finder.

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