Começas desde
pequeno a definir ou condicionado a definir aquilo que queres ser quando fores
grande, vais percebendo aquilo que é mais fácil para ti ou mais natural e
colocas-te dentro de uma área, por vezes apenas te colocas dentro dessa área para
fugires daquilo que menos gostas (olhando hoje para trás fazemos isso muitas
vezes na nossa vida), após estares na área em que “supostamente” te sentes mais
à vontade começas a procurar a profissão em que te vais focar durante os próximos
anos, algures pelo caminho podes ter escolhido essa profissão porque tinha
maior saída, porque ganhavas mais ou simplesmente porque era mais fácil na
altura imaginar o caminho por ali. Passados alguns anos de estudo começas então
a colocar em prática algumas das coisas que aprendeste nos anos anteriores e
passado algum tempo começas a dizer que és a tua profissão: “ eu sou…” e
verdadeiramente começas a perder-te para a tua profissão porque continuas achar
que és aquilo que fazes e quando a profissão corre bem então aí tens uma boa
versão de ti mesmo por isso continuas cada vez mais acreditar que tu és a tua
profissão, contudo pode acontecer (existe uma pequena hipótese J) de a tua área
profissional não correr como tu definiste por qualquer razão não te sentes uma
pessoa de sucesso, começas a não gostar daquilo que fazes, ou começas
simplesmente a desmotivar e aí nesse momento começas a questionar se realmente
tu és a tua profissão e aí nesse momento começas a questionar afinal quem sou
eu, do que gosto, o que me preenche e por momentos apenas por momentos (podem
durar anos) achas que perdeste todo o teu tempo a estudar para algo que não
gostas e a fazer algo que não gostas, mas esse é o momento em que tu ainda não
estás a ver o puzzle, esse é o momento em que existe a escuridão antes de veres
o clarão, porque depois de deixares de ter pena de ti próprio começas à procura,
entras numa corrida desenfreada para responderes à questão: “ Afinal o que me
preenche?”, “ Afinal o que me realiza?” e esta caminhada prolonga-se. Entre
experiências vais percebendo o que te serve e o que não te serve e algures
neste caminho começas a ligar partes do puzzle e percebes que afinal todos os
empregos que tiveste ou tudo aquilo que estudaste tinha uma intenção um
propósito e aí nesse momento, nesse preciso momento acreditas que já percebeste
que como é que o mundo funciona, acreditas que percebes qual vai ser o teu
caminho e o que fazer, mas é aí nesse preciso momento, quando achares que já
percebeste tudo que deves activar em ti a tua humildade e reconhecer o quanto o
teu ego te engana com certezas que não são absolutas. Com a tua humildade
agarrada a ti continuas a experimentar, continuas a testar e continuas aprender
a cada dia que passa o quando o universo é mágico porque é nestas experiências
e neste arriscar constante que vais encontrar a peça mais importante do puzzle,
a tua resiliência, o teu acreditar e todo o teu potencial.
Tem uma
excelente semana com muito arriscar.
Sê Inspiração.
Lígia Silva,
Coach e Talent
Finder.
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